Em 2021, foram encaminhadas pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) para os hospitais 5.816 pessoas com sintomas de Acidente Vascular Cerebral, algo que equivale a uma média de 16 casos por dia.
A informação foi divulgada, esta quarta-feira, pelo INEM, no âmbito do Dia Nacional do Doente com AVC, adiantando ainda que foram registados mais 877 casos do que em 2020 e que, até março deste ano, foram encaminhadas também pela Via Verde do AVC para o hospital 1.295 pessoas com suspeitas desta doença.
No ano passado, o distrito do Porto foi o que, mais uma vez, registou um maior número de casos, com 1.325 doentes encaminhados através da Via Verde do AVC, seguido de Lisboa (1.103) e de Braga (511), segundo os dados pelo intituto, e citados pela agência Lusa.
O Hospital de Braga foi o que recebeu mais situações suspeitas de AVC (478), através desta linha do INEM, seguido do Centro Hospitalar de São João, na Cidade do Porto e do Centro Hospital Lisboa Norte.
O INEM faz também um balanço aos últimos sete anos, assim, em 2015 foram encaminhadas 3.115 situações suspeitas, número que aumentou no ano seguinte para 3.386. Em 2017, o número de casos desceu para 3.164 e em 2018 ultrapassou os 4.000, chegando aos 4.496. Em 2019 foram 4.415 e em 2020 4.939, adianta o INEM.
Falta de força num braço, boca ao lado e dificuldade em falar, são sintomas compativeis com um quadro de AVC, pelo que os utentes devem imediatamente ligar para o número de emergência médica (112) e transmitar as informações solicitadas, sublinha o INEM, a propósito do Dia Nacional do Doente com AVC
"As primeiras horas após o início dos sintomas de AVC são essenciais, pois é esta a janela temporal que garante a eficácia dos principais tratamentos. Por esse motivo, ligar 112 e, após a chamada ser transferida para o INEM, colaborar com os profissionais do Centro de Orientação de Doentes urgentes (CODU) do INEM é fundamental para uma triagem e encaminhamento corretos de todas as situações suspeitas de AVC", afirma ainda, explicando que o AVC "é um défice neurológico súbito, motivado por isquemia (deficiência de irrigação sanguínea) ou hemorragia no cérebro e continua a ser uma das principais causas de morte em Portugal, sendo também a principal causa de morbilidade e de potenciais anos de vida perdidos no conjunto das doenças cardiovasculares".
Adotar "hábitos de vida saudáveis, evitar o tabaco e a vida sedentária e ter especial atenção a doenças como a hipertensão, diabetes ou arritmias cardíacas", são algumas das recomendações.