O pedido de desculpa público, como avançou o i, era uma das condições para o Chefe do Estado-Maior da Armada equacionar uma readmissão, que veio agora a concretizar-se.
O anúncio da reintegração foi feito, esta quinta-feira de manhã, pelo próprio almirante Gouveia e Melo durante uma missa campal em Pinheiro da Cruz, no âmbito de um exercício do aprontamento da unidade que vai integrar uma missão da NATO.
“Após a celebração religiosa foi ainda anunciada a reintegração do capelão Licínio Luís, que será colocado na Base Naval de Lisboa, onde prosseguirá o desempenho de funções”, informou a Marinha Portuguesa, confirmando que este não voltará aos fuzileiros, mas que irá prestar serviço na base do Alfeite.
Recorde-se que Licínio Luís foi exonerado depois de ter partilhado de um texto nas redes sociais, onde se dirigia a Gouveia e Melo, perguntando-lhe se nunca tinha bebido “uns copos”, referindo-se ao comportamento dos fuzileiros, acusados de homicídio do agente da PSP Fábio Guerra.
O i já tinha avançado que o pedido de desculpa público era uma das condições imposta por Gouveia e Melo para a readmissão do capelão. E, cerca de 24 horas depois da exoneração, Licínio Luís o mea culpa que lhe era pedido e que terá surtido efeito, pois foi reintegrado.
“É muito importante reconhecer perante vós e perante a Marinha, enquanto militar, que errei ao dirigir-me de forma incorreta, inapropriada, interpretativa e pública ao almirante CEMA”, escreveu. “Não tenho dúvidas, agora mais a frio, que tomou a única posição possível e ética ao traçar para toda a Marinha uma linha vermelha de comportamento”, acrescentou.