As duas alunas da Escola Báscia Dr. António Augusto Louro, na Arrentela, que fizerem "bullying" a um colega, acabando este por ser atropelado, vão ter de realizar sessões de treino de competências sociais, adiantou fonte ligada ao processo, diz a agência Lusa.
A decisão foi tomada pelo Tribunal de Famílias e Menores do Seixal, tendo as jovens, de 13 anos, sido suspensas da escola por 12 dias.
Esta medida enquadra-se no artigo 15.º da Lei Tutelar Educativa, que determina a frequência de programas formativos em várias áreas, neste caso de aquisição de competências pessoais e sociais.
A Lei Tutelar Educativa aplica-se a todos os jovens com idades compreendias entre os 12 e os 16 anos, que pratiquem um facto qualificado pela lei como crime e apresente necessidades de educação para o direito.
Segundo o advogado de uma das jovens, Paulo Edson da Cunha, esta medida foi tomada em acordo com todas as partes: "Todas as partes envolvidas seja Ministério Público e famílias dos intervenientes concordaram em aplicar esta medida de terapia que o tribunal aceitou".
As sessões de treino de competências sociais e pessoais serão ministradas pela Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, sendo que a jovem que agrediu o colega terá de frequentar a terapia durante dois anos e a colega que filmou durante um ano.
Recorde-se que este acaso aconteceu no dia 21 de maio de 2021, quandos os alunos da Escola Básica Dr. António Augusto Louro seguiam na berma da Estrana Nacional 10-2, depois de saírem da escola. O caso foi filmado e nesse vídeo é possível ver o jovem a ser esmurrado num braço. Quanto tentava fugir, o menor atravessou a estrada, acabando por ser atropelado.
O jovem foi depois transportado para o hospital de Almada com ferimentos ligeiros.