Em dia de debate do Programa do Governo na Assembleia da República, o PS não se mobilizou para a missa que assinalou a passagem do primeiro aniversário sobre a morte do histórico socialista Jorge Coelho. E foram muito mais as ausências notadas do que as poucas figuras do partido que não quiseram deixar de prestar homenagem a Jorge Coelho e estar ao lado dos seus familiares mais próximos. Foi o caso de Maria de Belém Roseira, que não faltou à cerimónia presidida pelo padre Vítor Melícias na Igreja de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Carnide, Lisboa.
Além de Maria de Belém, entre atuais e antigos membros do secretariado socialista contaram-se apenas Luís Patrão e José Manuel Mesquita. E dos chamados ‘costistas’, nem mais um, sendo que o próprio, primeiro-ministro, estava à hora da missa ainda em pleno debate no hemiciclo de S. Bento.
Com o presidente do PS, Carlos César, também ausente do país, participaram na homenagem poucas dezenas de familiares, amigos e camaradas de partido, ainda que o deputado e delfim de Jorge Coelho na sua terra, e que foi cabeça de lista pelo PS_em Viseu, João Azevedo, não tenha faltado (antecipando a sua saída da sessão parlamentar), bem como antigos gestores públicos (do tempo em que Jorge Coelho tutelou o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações) e os seus indefetíveis seguidores Joaquim Raposo e Miguel Coelho.
Quem também esteve presente foi o presidente da Câmara de Sintra, o agora socialista mas antigo centrista e candidato derrotado por Mário Soares nas presidenciais de 1991, Basílio Horta.
Igualmente notada foi a participação do jornalista Carlos Andrade, moderador do programa Quadratura do Círculo, cujo painel de comentadores Jorge Coelho integrou ao longo de anos (antecedendo Ana Catarina Mendes) ao lado de Pacheco Pereira e de António Lobo Xavier.
Ontem, na sua página de Facebook, o embaixador Francisco Seixas da Costa também lembrou a missa por Jorge Coelho e assinalou a passagem do primeiro aniversário sobre a sua morte com um post que começava com uma citação do histórico camarada (quando atendia o telefone): «Então o meu querido amigo o que é que manda?».