«Saí da ilha, mas o coração e a mente estão constantemente lá. A hora de voltar está a aproximar-se e a ansiedade que já cá está só aumenta. No entanto, a vida tem de continuar e não podemos viver em suspenso», começa por explicar, em declarações ao Nascer do SOL, Cláudia Patrícia Parreira, de 33 anos. «Nem sei bem o que hei de dizer. Tive a oportunidade de sair da ilha, pois estou de férias e tenho uma bebé que acabou de fazer um aninho dia 5 (fora da ilha) e o pai dela reside em S. Miguel. Então, viemos visitar a família paterna da menina para ver se a crise acalmava, mas a realidade é que continuo a ter família e amigos em S. Jorge e para a semana já regresso pois tenho de trabalhar», desabafa uma das milhares de jorgenses que tem sofrido as consequências da crise sismovulcânica que teve início a 19 de março e, até à tarde desta sexta-feira, fez tremer a ilha 237 vezes.
«Trabalho como ajudante de cozinha num restaurante em S. Jorge e sou natural da Ribeira Seca, na vila da Calheta, mas desde os 18 anos que vivo na vila das Velas», sublinha, sendo que saiu de casa no passado dia 26 de março após ter sentido quatro sismos. «Foi assustador, pois senti-os sempre durante a noite. A partir do momento em que sentimos o primeiro, foi difícil voltar a adormecer porque ficou o pensamento de: ‘Será esta noite que vem um maior e terei de arrancar minha bebé da cama para fugir?’».
«Passei pelo sismo de 1998 que foi no Faial, mas sentiu-se bem em S. Jorge. Era muito nova e mal me apercebi do que se passava, agora é diferente porque tenho 33 anos sou mãe, sente-se tudo de outra forma. Houve uma noite em que a pequena acordou às 5 da manhã e só chorava – sem eu perceber porquê -, esteve abatida o dia todo na creche e até febre muito leve teve. Só depois percebi que os sismos tinham recomeçado a essa hora… Se sentiu? Não sei, pois é uma bebé e não sabe dizer o que sente», acrescenta, admitindo que ainda não visitou a casa que se viu forçada a abandonar, porém, conversa diariamente com amigas que lhe vão dizendo «como está tudo por lá».
«Tenho de trabalhar para poder viver e sustentar a minha família. Tenho três filhos que frequentam as escola básica e secundária da Calheta (que é a dita zona segura) e não podiam sair da ilha, daí o meu coração e a minha mente estarem sempre lá…», reflete, não escondendo as saudades que tem dos filhos de 9, 13 e 15 anos. «Estão com pessoas que cuidam muito bem deles e sei que estão bem, mas o coração fica apertado sempre que vejo notícias. Principalmente, as que não são verdadeiras como acontece muito nas redes sociais hoje em dia», avança.
No dia anterior à viagem de Cláudia, cerca de 1 250 pessoas já haviam abandonado a ilha, por via marítima e aérea, como explicou o presidente do Governo Regional numa conferência de imprensa, após uma reunião com o presidente da Câmara Municipal de Velas, Luís Silveira, e com o presidente do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), Rui Marques.
«Nós açorianos estamos muito familiarizados com as nossas condições atmosféricas e com a nossa condição arquipelágica e ultraperiférica. Não podemos deixar de parte a possibilidade de, repentinamente, essas condições se alterarem. No entanto, o esforço é de manter o programado», disse o dirigente do arquipélago em que está inserida a ilha de São Jorge que tem 8 373 habitantes, dos quais 4 936 no concelho das Velas e 3 437 no concelho da Calheta, segundo os dados provisórios dos Censos 2021.
«Só posso acrescentar que devido à situação que vivemos deveria haver apoios – tanto psicológicos como financeiros – para quem decide sair da ilha, pois quem saiu é porque tinha medo de lá ficar. Se tivessem forma de subsistir fora do seu local de residência não regressavam para já», observa a mãe de quatro filhos cuja progenitora, Dolores Arlete Bettencourt Faustino, de 66 anos, natural da Ribeira Seca, Calheta, mas a viver em Velas, decidiu proteger-se logo no início da crise, como contou ao Nascer do SOL.
«Devido à situação atual que se vive na minha área de residência e por precaução decidi por vontade própria, e com a ajuda da minha filha, sair de onde resido com a minha neta de 8 anos. Fui testemunha do sismo de 1980 em que sentimos na pele o pânico, mas na altura não havia os meios de informação que existem hoje em dia e talvez por isso não se instalou o pânico como o vemos e presenciamos atualmente», explica a idosa, referindo-se ao sismo que ocorreu às 15h42 (hora local) do dia 1 de janeiro de 1980, no qual entre seis a sete dezenas de pessoas perderam a vida e mais de 400 ficaram feridas. Verificaram-se consequências desastrosas na Ilha Terceira e afetando Graciosa e São Jorge, na medida em que o mesmo teve uma magnitude de 7,2 na escala de Richter e também se fez sentir nas ilhas do Pico e do Faial.
Quem não quis ficar de fora da conversa foi a pequena Kyara Sousa, de 8 anos, sobrinha de Cláudia e neta de Dolores, tendo escrito ao Nascer do SOL com a devida autorização dos pais e auxílio da mãe. «Estou no 3.º ano na Escola Básica e Secundária das Velas. Esta situação do sismo trouxe-nos muita insegurança e devido a isso, misturado com pânico, minha mãe achou que era melhor eu me afastar da ilha e ir para ao pé dos meus familiares, no Faial», nota a criança, confirmando que foi «muito bem recebida». «Deram-nos muito apoio. Mais tarde minha mãe juntou-se a mim, o que me deixou muito feliz, pois nunca nos separámos durante muito tempo. Já estou cá no Faial algum tempo, o que não me aborrece, pois minha mãe conseguiu que eu fosse à escola».
«Fiz muitos amigos, o que me fez muito feliz, e agora frequento um ATL onde conheci mais amiguinhos e onde as funcionárias são super simpáticas. Estou feliz por estar aqui, mas triste por deixar os meus amigos de São Jorge. Também adoro estar com minha mãe e desde que esteja com ela tudo é melhor. Mas ela regressará para São Jorge e irei ficar triste por me separar dela, mas sei que ela fará isso por nós, por mim e pela minha avó. Vai ficar tudo bem se nos apoiarmos», remata a menina, tendo conversado com o Nascer do SOL no dia em que o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) registara, nas 24 horas anteriores, quatro sismos, que foram também sentidos pela população na ilha de São Jorge.
«Desde as 22h00 de quarta-feira às 10h de hoje foram sentidos quatro sismos», lia-se num comunicado referente ao ponto de situação às 10h locais (11h em Lisboa), emitido pelo CIVISA. Os abalos registaram magnitudes que variaram entre 1,9 e 2,4 na escala de Richter, tendo sido sentidos com intensidade entre os II e IV na escala de Mercalli Modificada.
«Já passei por muitos sismos, mas nunca por uma crise assim»
A atividade sísmica, registada desde o dia 19 de março na parte central da ilha de São Jorge, «continua acima do normal» e o sismo de maior magnitude (3,8 na escala de Richter) ocorreu no dia 29 de março, às 21h56.
Além da família Parreira, a família Monteiro, constituída por Fernando, de 54 anos, Dina, de 48, e um filho de 10, consegue relatar ao Nascer do SOL os dias de agonia que têm sido vividos. «Tivemos de sair de casa. Temos um rapaz pequeno – 10 anos -, tenho uma hérnia, estamos na outra ponta da ilha. Sou do Continente, a minha esposa é que é daqui e há sempre aquele medo. O miúdo ficou assustado, nem dormia em condições. Saímos de casa quatro dias depois do primeiro sismo», conta Fernando, adiantando que tinham comida suficiente e tentaram «fazer a vida normalmente» durante as primeiras horas. Contudo, continuaram a sentir os sismos e tomaram uma decisão no dia em que foi anunciada «uma sismicidade claramente muito acima daquilo que é normal».
«Continuamos com uma sismicidade claramente muito acima daquilo que é o normal para este sistema vulcânico fissural. Já foram registados, desde sábado, aproximadamente 1 800 eventos e destes já foram sentidos 94. Todos os sismos registados na rede do CIVISA são de origem tectónica, até ao momento», disse Rui Marques, presidente do CISIVA, à agência Lusa. O facto de que a crise «se situar no denominado sistema vulcânico fissural das Manadas leva a que se passe a designar por crise sismo-vulcânica», indicou ainda o responsável.
Assim, afigurava-se necessário «colocar todos os cenários possíveis em cima da mesa, não descartando qualquer um, ao nível de proteção civil de planeamento de emergência, de gestão de riscos», adicionou também, salientando que se trata de «um sistema vulcânico ativo» que «teve uma erupção em 1580 e outra em 1808». Por outro lado, Rui Marques explicou que existia «a possibilidade» da ocorrência de «um sismo com uma magnitude superior» aos eventos que se tinham registado até então, na ilha de São Jorge, tendo o mesmo acontecido volvida uma semana. «Não é necessária muita magnitude para que hajam danos. Estamos a falar de epicentros muito próximos das Velas. E, por outro lado, está a ocorrer esta sismicidade com uma frequência muito elevada num sistema vulcânico ativo, o que poderá evoluir para aquilo que é uma erupção vulcânica», frisou.
«A nossa casa já é velha. Fomos lá quatro ou cinco dias depois e agora vamos uma vez por semana. Temos lá as nossas galinhas e elas têm de comer. Estamos em casa de uma pessoa amiga. Como já passei por várias crises, optei por sair e jamais os deixaria sozinhos», conta Dina que, atualmente, está com o marido e o filho em Santo Antão, na Calheta. «O medo que temos é no sentido em que temos um filho pequeno, eu estou a recuperar de uma doença, o Fernando está doente e se houver um evento maior, quando voltarmos, não conseguiremos sair».
«Está tudo normalizado. Continua a haver sismos, mas não sentimos nada há dois ou três dias. A escola do menino fechou por prevenção, entretanto teve férias da Páscoa, conheceu outras crianças e agora está mais calmo. Temos de continuar a viver, não podemos parar. No nosso caso, foi ‘fácil’ sair do concelho. Não tínhamos de regressar ao trabalho, mas há pessoas a pernoitar fora do concelho e têm de ir trabalhar para as Velas», lamenta, indo esta família ao encontro da perspetiva de Isabel Tavares Mendes, que conversou com o i a 24 de março. Natural do continente e a viver há sete anos em Velas, dizia que dormira pouco desde sábado, quando sentiu o primeiro abalo às 16h21. «É muita ansiedade, sinto-me quase num trabalho de parto», descrevia a funcionária do snack-bar Livramento ‘O 30’, em frente aos bombeiros de Velas, apontando então que as movimentações e sucessivas reuniões indiciam o estado de alerta que tomou a vila.
«A informação que temos é que se tocarem os sinos nos devemos dirigir para os pontos de encontro», explicava, remetendo para as informações que a autarquia tinha vindo a disponibilizar. Naquele dia, o i lembrou que «depois de sucessivos pequenos sobressaltos, Velas sofreu um violento sismo a 15 de fevereiro de 1964, que obrigou à evacuação de cerca de 5 mil pessoas para a ilha Terceira. Verificou-se na altura na altura uma das três erupções registadas desde que a ilha é habitada e a mais recente, sem consequências. As duas únicas erupções em terra remontam a 1580 e 1808, com relatos de fortes danos e vítimas mortais».
«Ninguém sabe aquilo que vai acontecer, a natureza é imprevisível. O que é que vamos fazer? Temos de retomar o nosso quotidiano mais tarde ou mais cedo», reconhece Dina. «A nível de governo, acho que as notícias que passaram foram excessivas demais, a população ficou em pânico e o concelho das Velas ficou quase deserto. Agora penso que estão a reter a informação para evitar. Acho que não poderá fazer muito mais».
No último dia de março, o i noticiava que «geólogos têm-se mantido atentos aos registos sísmicos da ilha de São Jorge, à procura dos sinais de uma erupção vulcânica iminente, e agora eles surgiram. A sismicidade começou tornar-se cada vez menos profunda, indicando que o magma está a subir à superfície desde o abalo de 3.8 de magnitude desta terça-feira, alerta José Madeira, professor de Geologia na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e investigador do Instituto D. Luiz, que no dia anterior descrevera ao i estes sinais como os mais preocupantes».
Apesar de concordar com a preocupação gerada por todos os eventos que se têm vindo a registar, Dina reflete acerca dos efeitos dos mesmos no setor do turismo e da restauração e não partilha da mesma opinião da família Parreira. «Se em 15 dias de crise os empresários ficam com ideias de fechar as portas e despedir funcionários, é porque não estavam muito bem preparados. Estamos a passar por uma pandemia há dois anos e vimos o mesmo a acontecer. O Governo não pode fazer tudo. Temos os meios ao nosso dispor, a proteção civil sempre disponível. As pessoas que saíram de casa saíram por sua autoria e o acolhimento tem corrido muito bem».
«Somos humanos, estamos vivos»
«O receio mantém-se sempre. As providencias que vamos tomar é preparar mochilas com bens essenciais, pô-las dentro do carro e estarmos preparados. Não fizemos isto da primeira vez. Já passei por muitos sismos, mas nunca por uma crise assim. Contudo, temos familiares no concelho e continuam a tentar trabalhar e viver dentro do normal», admite a mulher que é um dos quase quatro mil membros, juntamente com o marido, e da família Parreira, do grupo de Facebook ‘Acolhimento no Pico – São Jorge’ que, à hora de fecho desta edição, contabilizava 3,9 mil membros.
«Caros membros, quando surgiu esta ideia nunca pensei que fosse ter esta adesão e humanidade para ajudar o próximo… Hoje posso gritar ao vento que tenho orgulho da terra que me acolheu! Obrigada a todos vós, à vossa entrega, à vossa humildade e ao vosso Amor aos nossos irmãos de São Jorge! ‘Onde se encontrar um Picaroto, estará sempre presente uma força telúrica e transcendental, pois é da sua Montanha a pureza do sal que a beija, que ele retira a força que corre no seu sangue… Onde ele estiver presente, está com certeza o basalto, a seiva das vinhas, que corre no seu corpo, sua alegria e um perfume de maresia…’», escrevia, a 27 de março, o fundador e administrador Ricardo Branco Cepeda, de 43 anos, residente nas Lajes do Pico e professor de Alunos com Necessidades Educativas Especiais que frequentam o 1.º Ciclo do Ensino Básico.
«Criei na minha página uma publicação porque tinha falado com um amigo. Depois achei que devia ajudar as pessoas a comunicarem umas com as outras. Nunca pensei que tomasse esta dimensão. Por vezes, fazemos a diferença com um pequeno gesto», declara, realçando que «vivemos numa sociedade cada vez mais fechada, as pessoas só olham para o seu umbigo, mas assim sabemos que somos humanos, estamos vivos».
«Se estivéssemos na situação dos nossos irmãos jorgenses, também gostaríamos que nos ajudassem. Conseguimos ter empatia para com os outros mesmo que não os conheçamos. Isso também ajudou a quebrar a questão da vergonha de pedir ajuda. Através das ofertas que foram surgindo, quem oferecia ajuda conseguia conversar com quem dela precisava», afirma o docente que esteve a falar com o Nascer do SOL enquanto o presidente do CIVISA, Rui Marques, fazia o ‘briefing’ diário nas Velas.
O presidente do CIVISA disse que a rede «continua a registar sismicidade na Ponta dos Rosais», tendo sido registados, ontem, neste setor, «mais três sismos», perfazendo 23 abalos desde o início da crise. De seguida, Rui Marques referiu igualmente que os sismos na Ponta dos Rosais «têm profundidades inferiores a cinco quilómetros», enquanto a restante sismicidade, entre a vila das Velas e a Fajã do Ouvidor, «continua a manter-se entre os 7,5 quilómetros e os 12 quilómetros de profundidade».
«Não houve uma migração da sismicidade», mas «uma nova zona» em que está a ocorrer «libertação de energia», constatou. «Certamente existe uma relação entre a sismicidade que está mais localizada no setor central de São Jorge e a sismicidade na Ponta dos Rosais, até porque estas estruturas que dominam a ilha prolongam-se até à Ponta dos Rosais. E, como tal, poderá estar a haver uma acumulação de tensão», desenvolveu, assinalando que a sismicidade na Ponta dos Rosais tem sido caracterizada, desde o início, «por profundidades menores, sempre inferiores a cinco quilómetros».
«A nossa grande preocupação na Ponta dos Rosais é a sismicidade ser mais superficial, alguns sismos com alguma magnitude que podem gerar movimentos de vertente em falésias que têm elevada suscetibilidade para a ocorrência de movimentos de vertente”, continuou, considerando que as previsões de vento forte e precipitação, naquilo que diz respeito aos trabalhos de campo do CIVISA, poderão condicionar «a medição pontual de gases no solo». «Mas, será uma situação de mau tempo, com ventos fortes e agitação marítima, que passará com alguma rapidez sobre a ilha de São Jorge e poderemos rapidamente retomar o programa de monitorização tal como está definido».
«Ofereci a minha casa, mas ninguém veio para cá ainda. Tenho uma filha de 8 anos. Ela apercebeu-se porque o sismo de grau IV foi sentido e perguntou logo: ‘O que se passa, pai? Está a tremer o chão’. Aqui já sabemos o que temos de fazer, até nas escolas existem simulações. Havia senhoras grávidas que já foram para o Faial para o caso de entrarem em trabalho de parto ou terem algum problema. Aquilo que me emocionou mais foi a prontidão que as pessoas demonstraram. Isso para mim foi incrível e nunca pensei que houvesse este resultado tão rápido», confessou, narrando que foi contactado por pessoas que queriam oferecer comida, medicamentos, roupa, «aquilo que fosse preciso, nos sítios em que tudo fosse preciso».
«O Governo central já se prontificou a ajudar, o exército já fez uma zona de evacuação com tendas, socorrismo, etc. para o caso de tal ser necessário no futuro. O único senão é que como a ilha ficou um pouco parada, e é dependente do turismo, as pessoas estão a passar um mau bocado. Faltam apoios para os empresários. Estas pessoas ficaram sem retorno económico de um dia para o outro», constata, alinhando-se com a família Parreira e com o líder dos empresários de São Jorge, Mário Veiros, que alertou que há empresas na ilha que podem fechar se não forem adotadas «medidas urgentes» para mitigar os impactos económicos da crise sísmica. «No caso do turismo, há uma série de serviços turísticos que são unipessoais, no máximo com duas pessoas, que prestam serviços de turismo de aventura, entre outros, e que se perderão, porque não faturam devido a terem tido o último cliente em outubro», acrescentou o presidente do Núcleo de Empresários de São Jorge, em declarações à Agência Lusa.
«Há uma certa ansiedade na escola, mas uma certa normalidade ao mesmo tempo. Ao longo dos anos, temos feito muitas simulações e desde os pequeninos até aos maiores… Todos sabem aquilo que devem fazer. Assim há alguma calma e serenidade para continuarmos com tudo como é habitual», começa por finalizar o professor. «Temos de nos pôr debaixo das mesas, os miúdos sabem a forma como têm de sair da sala, sair ordeiramente, etc. O pânico, nestas situações, é o maior inimigo. Quanto à página, vai continuar disponível no futuro porque não sabemos aquilo que poderá acontecer».
A ilha de São Jorge mantém o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa «estado de repouso» e V6 «erupção em curso».