A polícia de Nova Iorque encontrou em Manhattan Frank R. James, o suspeito oficial do tiroteio na estação do metro da rua 36, em Brooklyn, que aconteceu na manhã de terça-feira, avançou a agência Associated Press. Esta autoridade estava a oferecer 50 mil dólares (mais de 46 mil euros) como recompensa, caso fossem reveladas informações cruciais.
A identidade de Frank R. James foi descoberta através de uma grande pista que o próprio deixou no local do tiroteio. Depois de instalar o pânico no metro – lançando granadas de fumo no interior do metro para depois disparar indiscriminadamente -, o suspeito afro-americano fugiu e deixou para trás uma arma, carregadores, um machado de guerra, granadas de fumo, um saco de lixo, gasolina e a chave de uma carrinha de mudanças e armazenamento.
A carrinha foi vital para a investigação, pois terá sido a pista que encaminhou os agentes da polícia a Frank R. James, tornando-se a “pessoa de interesse” depois de ter alugado a carrinha no dia do tiroteio, avançou a agência Associated Press.
Também foi possível apurar que a arma utilizada no incidente foi comprada por Frank numa loja de penhores, por um comerciante de armas de fogo licenciado, em Columbus Ohio, em 2011.
Agora, as autoridades norte-americanas estão a analisar o principal suspeito do tiroteio, através de vídeos que publicou na sua conta de Youtube, onde o homem de 62 anos aparece a dizer que a nação dos Estados Unidos “nasceu na violência”.
“Esta Nação nasceu na violência, é mantida viva pela violência ou pela ameaça dela e vai morrer de forma violenta. Nada vai impedir isso”, afirmou Frank R. James num dos vídeos.
Nestas partilhas, foi possível descobrir que Frank é contra o atual autarca de Nova Iorque, Eric Adams. Num vídeo partilhado a 20 de fevereiro, o suspeito critica o plano desenhado pelo presidente da Câmara de Nova Iorque para resolver a questão dos sem-abrigo e da segurança no sistema do metro. De sublinhar ainda que Frank referiu-se a si próprio como “vítima” dos programas de saúde mental da cidade.
No seu canal do Youtube, Frank R. James publicava vídeos com uma linguagem violenta e partilhava determinados comentários por vezes contra outros negros.
Na véspera do tiroteio, o homem publicou um vídeo em que fez questão de criticar os crimes realizados contra a comunidade negra nos EUA e avisou que seria necessária uma ação drástica.
“Temos crianças a segurarem em metralhadoras e a ceifar vidas inocentes”, apontou James. “Não vai melhorar até melhorarmos”, acrescentando que, pensava que as coisas só mudariam se “certas pessoas fossem pisadas, chutadas e torturadas” para fora da sua “zona de conforto”.