A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) destacaram a disponibilidade da ministra da Saúde, Marta Temido, para uma primeira reunião, esta quarta-feira, tal como a abertura da tutela para iniciar negociações a partir de 18 de maio.
“A presença da ministra trouxe peso político”, disse à Lusa o presidente da comissão executiva da FNAM, Noel Carrilho, realçando a “abertura” por parte da tutela para a negociação, que está marcada por “uma relação complicada e de conflito”. “Esperamos que essa abertura proporcione uma relação mais saudável”, declarou.
O secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, frisou que pretendem “um compromisso para a legislatura para solidificar e fortalecer o Serviço Nacional de Saúde” (SNS).
A grelha salarial dos médicos, o investimento em equipamento e formação, a avaliação de desempenho e a redução do recurso à contratação de prestadores de serviços para colmatar a falta de clínicos são algumas das matérias que o sindicato pretende levar às negociações, pois, a título de exemplo, os médicos “perderam cerca de 30% do seu poder de compra nos últimos 12 anos”.