Arrancam esta segunda-feira em Portugal exercícios de avaliação da capacidade de resposta do país a emergências de saúde, um projeto piloto no âmbito do mecanismo Universal Health and Preparedness Review (UHPR) da Organização Mundial de Saúde. Na abertura dos trabalhos, numa sessão que decorre esta manhã no Infarmed, Samira Asma, representante do diretor-geral da OMS, sublinhou que Portugal é o primeiro país europeu a participar neste mecanismo.
“Obrigada a Portugal pela persistente liderança na tentativa de colocar o mundo mais seguro”, disse, sublinhando o trabalho do país na agenda de saúde global e, durante a pandemia, algumas iniciativas inovadoras como o recurso a influencers sociais nas campanhas de comunicação e a confiança numa estratégia liderada pela ciência. O diretor-regional da OMS, numa intervenção à distância, deu os parabéns às autoridades portuguesas por Portugal ser o primeiro país da região europeia a participar neste mecanismo, frisando que a covid-19 foi a crise de saúde pública mais grave no último século.
Gerald Rockenschaub, diretor regional de emergências da OMS, sublinhou que a avaliação se vai focar nas forças e fraquezas, destacando a solidariedade do país, que não foi visível em todos. “Penso que devemos enfatizar que isto não é só sobre a pandemia, porque a próxima crise pode ser completamente diferente”, afirmou, sublinhando a necessidade de encontrar medidas pragmáticas que permitam reforçar a capacidade dos países. “Estou muito feliz por Portugal mostrar esta abertura. Vamos aprender coletivamente”.
Os resultados preliminares vão ser apresentados sexta-feira. Serão depois apresentados na Assembleia Mundial de Saúde, no fim do mês.