Depois de em 2020 muitas das celebrações do Dia da Vitória terem sido canceladas ou adiadas devido à pandemia provocada pela covid-19, 2021 marcou o regresso das paradas que assinalavam este feriado russo, com o Presidente Vladimir Putin, a denunciar o regresso de discursos “racistas, de superioridade nacional, antissemitismo e russofobia”.
O discurso foi feito perante uma plateia de oficiais, veteranos e 12 mil militares, reunidos na Praça Vermelha, em Moscovo, onde se encontravam 190 veículos blindados e sistemas de armamento, que também eram exibidos nos desfiles. “Não há perdão ou justificação para aqueles que novamente fazem planos agressivos”, disse o Presidente russo, no seu discurso para assinalar o 76.º aniversário da vitória soviética sobre os nazistas.
Sem especificar o alvo das críticas, Putin afirmava que as gerações nazis “estavam de volta” e acrescentou que iria “sempre defender firmemente os interesses nacionais russos e garantir a segurança do povo” do país. “A Rússia defende consistentemente o direito internacional. Ao mesmo tempo, vamos defender firmemente os nossos interesses nacionais para garantir a segurança do nosso povo. As corajosas Forças Armadas russas, herdeiras dos soldados da vitória, são uma garantia de confiança para isto”, afirmou o presidente russo no seu discurso.
Em 2020, na Rússia, estas celebrações foram adiadas 46 dias, tendo apenas acontecido a 24 de junho, devido à pandemia. Neste ano, o evento foi realizado “com todas as medidas necessárias para conter o avanço da pandemia”, escrevia a agência russa Sputinik News. Países como a Bielorrússia e o Turquemenistão continuaram a celebrar como nos anos anteriores.