O Santuário de Fátima está à espera de pelo menos 83 grupos de peregrinos de 17 países no regresso das celebrações em pleno do 13 de Maio, que começam já esta quinta-feira, com eucaristias em várias línguas durante o dia e a bênção solene das velas e terço na Capelinha das Aparições, seguida da histórica procissão e vigília de oração. Os números foram avançado ao i pelo santuário.
Na data em que se assinalam 105 anos das Aparições de 1917, que tornaram Fátima um local de peregrinação mariana, as celebrações serão dirigidas por Edgar Peña Parra, de 62 anos, diplomata da Santa Sé desde 1993. Não há uma estimativa de quantos peregrinos acorrerão a Fátima, mas tanto o santuário como a Proteção Civil deram conta da logística preparada, com centenas de voluntários e operacionais alocados às cerimónias.
A Proteção Civil garantiu que será assegurada a prestação de assistência e socorro aos milhares de peregrinos que se deslocam ao Santuário de Fátima para as cerimónias religiosas. A operação conta com a participação de 300 operacionais de diferentes corporações de bombeiros, contando ainda com o apoio do Serviço Municipal de Proteção Civil de Ourém, a Força Especial de Proteção Civil da ANEPC, o Instituto Nacional de Emergência Médica, a Cruz Vermelha Portuguesa, a Guarda Nacional Republicana e o Corpo Nacional de Escutas, além de outras entidades civis e religiosas, nomeadamente a Associação de Servitas de Nossa Senhora de Fátima e o Agrupamento do Centro de Saúde do Médio Tejo. O santuário, que no ano passado já tinha voltado a viver o 13 de maio com peregrinos mas com círculos demarcados no chão do recinto, tendo tido de encerrar os acessos a meio das cerimónias por excesso de lotação, na altura fixada em 7500 pessoas, apelou também a que se procure preservar alguma distanciamento físico.
Maior risco de contágio O certo é que as cerimónias estão previstas sem limitações pela primeira vez numa altura em que a situação epidemiológica está marcada por muito mais infeções e mortes do que há um ano, pelo que o risco de contágio é consideravelmente maior. A 13 de maio de 2021 registaram-se 438 novos casos de covid-19, não tendo havido nenhuma morte – em maio do ano passado morreram em Portugal 49 pessoas com covid-19, números este ano já largamente ultrapassados, com 204 mortes atribuídas à covid nos primeiros dez dias deste mês. Portugal regista atualmente mais de 20 mil novos de casos de covid-19, com perto de 30 mortes diárias nos últimos dois dias.M.F.R.