Já foram relatados à Organização Mundial de Saúde (OMS) 92 casos de infeção humana por Monkeypox, a varíola dos macacos, avançou, este sábado, a agência Reuters.
O vírus foi detetado em 12 países: Estados Unidos, Canadá, Austrália, Reino Unido, Espanha, Portugal, Alemanha, Bélgica, Itália, Países Baixos, França e Suécia.
De acordo com o professor de saúde pública internacional da London School of Hygiene and Tropical Medicine, Jimmy Whitworth, indicou numa entrevista à Reuters, o aparecimento de casos pode estar relacionado com a retoma das viagens após o período de interrupção devido à pandemia de covid-19, dado que “há bastantes evidências disso na África Ocidental e Central”.
A OMS ainda não definiu o foco e a rota de contágio deste vírus, mas acredita que "haverá mais casos de varíola a serem identificados à medida que a vigilância for estendida em países que não são endémicos", apontou numa nota epidemiológica.
Os dados atuais sobre a infeção indicam que quem tem maior risco de contágio são aqueles que têm contacto físico próximo com alguém que está infetado e apresenta sintomas.
Há, no total, 23 casos de varíola dos macacos em Portugal, confirmou, na sexta-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS).
O vírus Monkeypox é do género Ortopoxvírus – o mais conhecido deste género é o da varíola – e pode afetar homens e mulheres, independentemente da orientação sexual. É transmissível a partir do contacto animal, próximo com pessoas infetadas ou com materiais contaminados.
Os sintomas são lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço.