Segundo um comunicado da sua filha – a ex-Ministra da Saúde francesa Agnès Buzyn -, Elie Buzyn, uma das últimas testemunhas francesas de Auschwitz, morreu esta segunda-feira aos 93 anos. “Ele morreu esta manhã. Estava rodeado da sua família”, afirmou Agnès.
O sobrevivente do campo de extermínio de Auschwitz, na Polónia, nasceu em 1929 e foi preso em agosto de 1944 no gueto judeu polaco de Lodz, onde a sua família tinha sido colocada.
Depois da guerra e da libertação dos campos, em 1956, Elie instalou-se em França, onde se tornou médico cirurgião ortopedista, tendo-se casado com uma psicanalista de renome, Etty Wrobel Buzyn, especializada na primeira infância.
No príncipio, o homem manteve-se durante muito tempo em silêncio. Contudo, acabou por mudar de atitude e empenhou-se em transmitir a memória do Holocausto, apelando aos jovens para serem “testemunhas das testemunhas”.
“Passou o testemunho com uma constância e uma determinação incríveis até ao fim”, sublinhou no Twitter o rabino-chefe de França, Haïm Korsia.
“Enorme testemunha do Holocausto e incansável lutador pela memória, Elie Buzyn deixou-nos”, escreveu o presidente do Conselho Representante das Instituições Judaicas (CRIF), Francis Kalifat.
“É com grande tristeza que tomamos conhecimento da morte de Elie Buzyn”, lamentou na mesma plataforma a Fundação para a Memória do Holocausto.