A pandemia de covid-19 não afetou os níveis de abstenção. Esta é uma das conclusões de um estudo do Observatório Internacional da Universidade Lusíada realizado entre 2020 e 2022.
O estudo foi coordenado por Manuel Monteiro, ex-líder do CDS, e dedicou-se a analisar o comportamento dos eleitores em 36 atos eleitorais em 26 países para concluir que a pandemia teve “pouca influência em termos globais na taxa de participação eleitoral”.
Aliás, Portugal que, nos anos analisados teve eleições presidenciais, autárquicas e também legislativas, foi um dos dez países onde a abstenção caiu.
Na hora de ir às urnas, em tempos de pandemia, o interesse político foi o que contou mais para que as medidas adotadas não afetassem a participação eleitoral.
De acordo com Manuel Monteiro “a participação é maior ou menor dos eleitores e depende da sua empatia com o momento político do país e não propriamente com circunstâncias laterais, nomeadamente graves, como esta que aconteceu da pandemia”.
O estudo irá ser apresentado na quarta-feira, na conferência “As legislativas de 2022 e a reforma do sistema eleitoral português”, na Universidade Lusíada, em Lisboa.