A venda do Chelsea foi oficializada, esta segunda-feira, acabando com o poderio de 19 anos de liderança do oligarca russo Roman Abramovich no clube inglês de futebol. Foi comprado por 4,25 mil milhões de libras (4,9 mil milhões de euros) e aprovada pela Liga inglesa de futebol na passada terça-feira.
"O consórcio liderado por Todd Boehly, presidente e diretor-executivo da Eldridge, e o Clearlake Capital Group, anuncia hoje a finalização da transferência da propriedade do Chelsea Football Club", informa o clube numa nota publicada no site.
O consórcio que agora gere o clube inclui Hansjörg Wyss e Mark Walter. Walter e Boehly detêm três equipas de Los Angeles: os Dodgers (basebol) e os Lakers e Sparks (basquetebol).
Todd Boehly fica no comando do clube, mas partilha este poder com a Clearlake. O consórcio já indicou que está empenhado em expandir a marca do Chelsea.
"[Os novos donos] estão empenhados em investir em áreas-chave para estender e aumentar a competitividade do Chelsea, incluindo a remodelação de Stamford Bridge e o maior investimento na academia, na equipa feminina, e no estádio de Kingsmeadow, além do trabalho da fundação", admitem na nota.
O objetivo de Boehly "é deixar os adeptos orgulhosos", através do investimento "a longo prazo", de modo a "continuar a construir a história fenomenal de sucesso" do emblema.
Já da parte da Clearlake, cujas declarações são assinadas pelos cofundadores Behdad Eghbali e José Feliciano, existe uma vontade de investir em infraestruturas, tecnologia, e ciência desportiva, para apoiar os desígnios desportivos e comerciais do Chelsea.
Dado que o agora ex-dono Roman Abramovich tem passaporte português, Portugal também teve de aprovar a venda do clube. Na noite de terça-feira, Abramovich enviou uma carta ao Governo a pedir autorização, à qual o Executivo deu ‘luz verde’.
Segundo um comunicado do gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros, as duas autoridades nacionais competentes – Ministério dos Negócios Estrangeiros e Ministério das Finanças – autorizaram o pedido recebido "para uma derrogação humanitária, permitindo que o clube inglês seja transacionado".
A posição do Governo português conta com a concordância da Comissão Europeia, confirmava o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Devido às sanções impostas a Abramovich, o Chelsea atuou ao longo da última fase da época com diversas limitações. Até aqui, o terceiro classificado na Premier League operou com uma autorização especial que expira amanhã e que lhe permite realizar determinadas operações, como receber dinheiro por direitos televisivos e vender ingressos para determinadas partidas.