A inflação em Portugal terá atingido os 8% no mês de maio, revelou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Este é o valor mais elevado registado desde fevereiro de 1993.
O gabinete de estatística avança que “o indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 5,6% (5,0% no mês anterior), registo mais elevado desde outubro de 1994”.
E estima ainda que a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos se situe em 27,2% (26,7% no mês precedente), valor mais alto desde fevereiro de 1985, enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá apresentado uma variação de 11,7% (9,4% em abril).
Fazendo uma comparação com o mês anterior, a variação do IPC ter-se-á fixado em 1% (2,2% em abril e 0,2% em maio de 2021).
Estima-se uma variação média nos últimos doze meses de 3,4% (2,8% no mês anterior).
Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português terá registado uma variação homóloga de 8,1% (7,4% no mês anterior).
No que diz respeito à zona euro, a inflação deverá ser de 8,1% em maio, acima dos 7,4% em abril, de acordo com uma estimativa rápida do Eurostat.
Analisando as principais componentes da inflação, espera-se que a energia tenha a taxa homóloga mais elevada em maio (39,2%, face aos 37,5% de abril), seguido por alimentação, álcool e tabaco (7,5%, face aos 6,3% de abril), bens industriais não energéticos (4,2%, face aos 3,8% em abril) e serviços (3,5%, face a 3,3% em abril).