A acumulação de pessoas que esperaram horas para passar o controlo do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), no aeroporto de Lisboa este fim de semana, deveu-se a um “pico de passageiros nas chegadas”, justificou o SEF, que explicou que a situação só foi “regularizada a meio da tarde” de domingo.
Este foi mais um fim de semana complicado no aeroporto Humberto Delgado, que tem sentido dificuldades em efetuar o normal funcionamento da infraestrutura, que irá receber um reforço de agentes efetivos do SEF e da PSP no verão, através do Plano de Contingência.
Ontem, dia 12 de junho, “foi registado, ao final da manhã, no Aeroporto de Lisboa, um pico de passageiros nas chegadas, com cerca de 3.000 provenientes de voos a controlar pelo SEF, o que provocou demoras acentuadas no controlo de fronteira”, indicou a autoridade em comunicado divulgado hoje.
Devido a esta caótica situação, o SEF afirmou que “não foi possível preencher, temporariamente, as posições adequadas ao elevado fluxo de passageiros, tendo (…) sido necessário reforçar a segunda linha com inspetores, em detrimento dessas posições, face ao muito elevado número de passageiros intercetados no controlo da primeira linha e que aguardavam entrevista para elaboração de relatórios de ocorrência e decisão sobre a entrada ou a recusa no país”. Uma situação que só foi regularizada “a meio da tarde”, apontou.
Apenas neste fim de semana, segundo os dados do SEF, “foram controlados nas fronteiras aéreas mais de 100 mil pessoas: cerca de 50 mil em Lisboa, 36 mil em Faro e 10 mil no Porto”.
“Só no aeroporto de Lisboa, houve lugar a três detenções por uso de documento fraudulento, sete recusas de entrada, quatro pedidos de asilo na fronteira e ao controlo de 16 passageiros em trânsito com recusa de entrada noutros aeroportos (designadamente Cancun)”, referiu.
O aeroporto de Lisboa não é o único a sentir a pressão da entrada de passageiros em Portugal. O SEF disse ainda que os aeroportos de Faro e do Porto também estão “sujeitos a grande pressão”, mas “não foram registados quaisquer constrangimentos”.
É de recordar que, no início deste mês, deu entrada o Plano de Contingência para os aeroportos nacionais. No entanto, o SEF assinalou que só “estará a funcionar em pleno a partir de 4 de julho, altura em que o reforço de 238 efetivos do SEF e da PSP ficará completo, totalizando 529 elementos”.
Não obstante, segundo a autoridade, já a partir desta semana o mesmo plano prevê “o aumento do reforço interno nos Aeroportos de Lisboa e Porto, por elementos de outras unidades do SEF, num esforço crescente de empenhamento que é gradual até ao mês de julho”.