O recurso a empresas prestadoras de serviços é uma realidade nos hospitais públicos há vários anos, nomeadamente para completar vagas nas urgências. A dependência de tarefeiros não é no entanto idêntica em todos os hospitais.
Em 2021, foram gastos 142 milhões de euros pelos hospitais em prestações de serviços, revelou já a Administração Central do Sistema de Saúde. Na plataforma de monitorização mensal dos hospitais do Ministério da Saúde, ainda não há dados do ano completo (nem quaisquer dados financeiros relativos a este ano), mas o balanço até agosto mostra a diferença que existe entre as unidades na necessidade de recorrer estes serviços.
A nível nacional, os gastos dos hospitais com prestação de serviços no total de despesa com pessoal tinha, na altura, um peso de 4,11%. Algarve e Alentejo são as regiões onde o peso no recurso a tarefeiros é maior, respetivamente 9,5% e 10,2% das despesas com pessoal, ao passo que na região Centro as prestações de serviço têm um peso de 2,9% nos encargos com salários dos hospitais, seguindo-se 2,6% no Norte e 3,8% em Lisboa.
Mas também na região de Lisboa e Vale do Tejo há hospitais onde o recurso a tarefeiros representa mais de 10% das despesas com pessoal. No Centro Hospitalar do Oeste, que integra o Hospital das Caldas da Rainha, a despesa com tarefeiros representa 11,2% da despesa total com pessoal. Outro hospital com gastos acima da média com tarefeiros é Setúbal, onde em agosto de 2021 representam 7,18% dos encargos com remunerações. No Centro Hospitalar Médio Tejo, as despesas com prestações de serviço também representam 12% dos encargos totais com recursos humanos.
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