Por Simões Ilharco
A solução Portela+Montijo, defendida pelo Governo, não serve os reais interesses do país, que necessita de um novo aeroporto internacional. Numa altura em que tanto se fala do congestionamento da Portela, para onde se prevê o caos agora no verão, convém sublinhar que a opção Montijo não passa de um remendo, que, além do mais, mantém a Portela, uma solução artesanal – é o único aeroporto da Europa, situado dentro da cidade – e totalmente desfasada no tempo.
Tanto o novo aeroporto como o TGV deveriam ser prioritários, pois o PS não pode passar ao lado do essencial, nesta questão das infraestruturas. Num país como o nosso em que o Turismo se revela fundamental, o novo aeroporto e o TGV aumentariam substancialmente a mobilidade, que é imprescindível à indústria turística.
O PS não pode ser só europeu, quando há eleições europeias. Um aeroporto tão rudimentar como a Portela e a ausência de TGV não se compaginam com a nossa opção pela Europa. Acresce que esta questão do novo aeroporto serve de chacota à opinião pública, pois está para ser feito há mais de 40 anos! Mais uma forte razão para o seu carácter prioritário.
A ausência de novos hospitais, aeroporto e TGV, e outras obras faz-nos ter das mais baixas taxas de investimento público da Europa. Será que a tão falada bazuca era seca? Ainda não vi nada dos fundos estruturais. Cavaco, pelo menos, teve o mérito de dotar o país com uma rede de auto-estradas. E que tão necessárias eram!