A Entidade Reguladora da Saúde está vai avaliar o impacto de constrangimentos no acesso às urgências na sequências dos fechos de serviços das últimas semanas, nomeadamente na área de obstetrícia. Questionada pelo i, a ERS adianta que foi “determinada a abertura de um processo administrativo, no sentido de investigar os constrangimentos no acesso às urgências do SNS, em especial nas valências de obstetrícia/ginecologia, que têm sido noticiados nos últimos dias.”
A ERS já tinha anunciado a abertura de um processo na sequência do caso da mãe que perdeu o bebé no Hospital das Caldas da Rainha, caso que motivou igualmente a abertura de um processo interno no hospital e outro pela Inspeção Geral das Atividades em Saúde. Este caso motivou também a abertura de um inquérito pelo Ministério Público.
Questionada sobre reclamações relacionadas com a indisponibilidade de Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) e de serviços de urgência, a ERS explica que a classificação das queixas não permite essa pesquisa, agrupando-se no caso das urgências em dois grupos de exposições, um relacionado com o acesso a cuidados de saúde com resposta em tempo útil/razoável e o outro com tempos de espera para atendimento clínico não programado superior a uma hora. Assim, no cômputo geral, foram recebidas 4246 reclamações relativas a factos ocorridos em 2021 e 2720 relativas a acontecimentos já deste ano. A ERS recorda, concretamente sobre a resposta de Viaturas Médicas de Emergência, que em janeiro deste ano foi instaurado um processo sobre uma alegada inoperacionalidade temporária de uma VMER, ainda em curso.