A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, afirmou que o caso da menina de três anos que morreu depois de ter sido raptada em Setúbal é “algo que choca todos”.
A declaração da governante surgiu, esta quinta-feira, na conferência de imprensa, após o Conselho de Ministros, onde defendeu que existem possíveis falhas no sistema de proteção de crianças que devem ser identificadas e corrigidas.
“Obviamente, aquilo que aconteceu é algo que choca todos, qualquer um de nós, e depois o caso em concreto tem o local próprio para ser investigado, para procurarmos sempre identificar as falhas no sistema – e não relativamente ao caso concreto – para que possam ser corrigidas”, considerou Mariana Vieira da Silva.
Ainda assim, a ministra salientou o trabalho desenvolvido pelo Governo, sobretudo na proteção de crianças em contexto de violência doméstica.
O crime foi perpetuado esta segunda-feira, quando o corpo da menina Jéssica deixou de conseguir resistir a uma série de maus-tratos cometidos nos últimos dias.
A criança de três anos foi raptada como forma de retaliação por parte de uma mulher, à qual a mãe de Jéssica estaria a dever dinheiro por alegadas "consultas de bruxaria".
Num comunicado divulgado esta manhã, a Polícia Judiciária indica que deteve um homem de 58 anos e duas mulheres, uma de 52 e outra de 27 anos, "por sobre eles recaírem fortes indícios da prática dos crimes de homicídio qualificado, ofensas à integridade física grave, rapto e extorsão" na sequência da morte de Jéssica.
Apesar de a autoridade judiciária não revelar a identidade dos detidos, as informações obtidas pela comunicação social apontam para que sejam a mulher e suposta ama que terá raptado Jéssica, o marido e a filha.
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