Ministra da Saúde diz que não se pode acabar com médicos tarefeiros

Marta Temido considera que é necessário criar melhores condições de atratividade dentro do Serviço Nacional da Saúde para levar a que os profissionais queiram trabalhar diretamente no SNS

A ministra da Saúde afirmou esta quarta-feira que "não se pode acabar de vez" com o recurso a empresas prestadoras de serviços no campo da saúde, mas que é necessário criar melhores condições de atratividade dentro do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Em resposta ao deputado do PS Luís Gomes na primeira audição parlamentar desta legislatura da equipa da Saúde, Marta Temido afirmou que não se pode "acabar de vez com a tendência sistemática das empresas prestadoras de serviços" uma vez que "ela não foi construída num dia".

"Vamos ter que ir criando melhores condições de atratividade dentro do Serviço Nacional da Saúde para levar a que os profissionais queiram trabalhar diretamente no SNS e não por conta de empresas prestadoras de serviços, embora se saiba que até as questões fiscais que estão associadas às empresas prestadoras de serviços jogam contra nós", referiu a governante.

Depois de cinco horas de audição, Marta Temido apelou aos deputados para que sejam criadas as condições, "não para que a ministra tenha uma vida mais fácil, porque não é esperar que tenha uma vida mais fácil, mas para que o Serviço Nacional de Saúde possa funcionar com respeito pelos profissionais de saúde e, sobretudo, pelos utentes".

A ministra reforçou ainda a importância do trabalho em conjunto para que existam as respostas estruturais que todos anseiam, embora, vincou, "possamos não esperar exatamente pelo mesmo tipo de soluções".