A antiga chanceler alemã Angela Merkel será a próxima presidente do júri do prémio Gulbenkian para a Humanidade, no valor de um milhão euros, atribuído anualmente pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Este é o primeiro cargo aceite por Merkel desde que cessou funções como chanceler em dezembro de 2021
A alemã sucede no cargo a Jorge Sampaio, que morreu em setembro de 2021, que foi presidente do júri desde a sua primeira edição em 2020.
Do júri fazem ainda parte Miguel Bastos Araújo (Professor Investigador no Museu Nacional de Ciências Naturais, em Madrid e Catedrático de Biogeografia na Universidade de Évora, Prémio Pessoa 2018) o júri integra personalidades como Hans Joachim Schellnhuber (Fundador e Diretor Emérito do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático e Professor emérito na Universidade de Tsinghua na China), Johan Rockström (Diretor do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático e Professor de Ciências do Sistema Terrestre na Universidade de Potsdam), Miguel Arias Cañete (antigo Comissário Europeu da Energia e Ação Climática), Rik Leemans (Diretor do Grupo de Análise de Sistemas Ambientais, Universidade de Wageningen e Wageningen e editor-chefe da revista internacional Current Opinion in Environmental Sustainability),), Runa Khan (Fundadora e Diretora Executiva da ONG Friendship e Presidente da Global Dignity Bangladesh) e Sandra Díaz (Bióloga, Professora de Ecologia na Universidade Nacional de Córdoba e membro da Royal Society) e Sunita Narain (Diretora do Centro de Ciência e Ambiente em Deli e Editora da revista Down To Earth).
O prémio pretende distinguir pessoas, grupos ou organizações de todo o mundo que se têm evidenciado no combate à crise climática.
Na primeira edição foi atribuído à jovem ativista sueca Greta Thunberg, que decidiu distribuir o montante por vários projetos ambientais e humanitários no Sul Global.
No ano passado, foi entregue ao Pacto de Autarcas para o Clima e Energia, que utilizou o montante do prémio para apoiar a Transição Energética e a resiliência climática em África, tendo sido financiados projetos de grande dimensão em cinco cidades no Senegal (fornecimento de água potável) e numa cidade nos Camarões (desenvolvimento de soluções de eficiência energética).