Portugal entrou em estado de alerta esta sexta-feira devido às altas temperaturas, baixa humidade e ventos fortes previstos para os próximos dias. O Governo decidiu acionar a declaração de alerta “para limitar todas as ações que possam pôr em risco as populações e criar todas as condições que permitam garantir a mobilização dos recursos necessários e indispensáveis para o esforço que os próximos dias irão exigir”, explicou o ministro da Administração Interna.
Nos próximo dias, existirá um elevado grau de severidade meteorológico em que os níveis de humidade vão estar muito baixos e as temperaturas muito altas, numa altura em que a vegetação se encontra muito seca. Tendo estes fatores em mente, José Luís Carneiro reconheceu que vão ser dias “muito exigentes e preocupantes” no que toca ao risco de incêndio rural.
Na reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON), na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, não quis adiantar até quando se irá prolongar o estado de alerta, sublinhando que “a determinação da situação de alerta deve ser sempre adequada e proporcional aos indicadores que estão disponíveis, o que corresponde a uma resposta graduada que será adotada pelo tempo considerado necessário às circunstâncias que sejam determinadas”.
“Está mesmo previsto para os próximos dias noites tropicais, o que significa noites muito quentes e um esforço acrescido do dispositivo que tem que se prolongar em regime de horários mais exigentes”, precisou, acrescentando que a ANEPC tem “um conjunto de medidas de antecipação operacional para garantir uma resposta rápida e eficaz” às ocorrências de incêndio.
O governante alertou ainda para que a população evite comportamentos negligentes, frisando que “a tolerância é zero relativamente ao uso do fogo”, sendo proibido, nos próximos dias, a realização de queimas e queimadas, fazer fogueiras e fumar ou fazer lume nos espaços rurais, além do uso de maquinaria agrícola ou de corte de mato.
De acordo com José Luís Carneiro, o Governo não exclui “a adoção de outras medidas” necessárias para proteger o país dos incêndios, que serão tomadas em função do diagnóstico que “é feito hora a hora” pela ANEPC. O ministro garantiu também que “Portugal está melhor preparado para o combate aos incêndios florestais” do que em 2017, destacando o reforço dos meios de combate e de natureza preventiva. Este ano, a GNR já registou 600 contraordenações por falta de limpeza dos terrenos e notificou mais de 11 mil proprietários.