A taxa de inflação homóloga em Portugal acelerou para 8,7% em junho deste ano, uma taxa que é superior em 0,7 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior e a mais elevada desde dezembro de 1992.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirma assim que os preços continuam a subir no país e acrescenta que o indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) também acelerou, registando uma variação de 6%.
E acrescenta que a variação do índice relativo aos produtos energéticos cresceu para 31,7%, aquele que é o valor mais elevado desde agosto de 1984. Já o índice referente aos produtos alimentares não transformados apresentou uma variação de 11,9%.
Segundo o gabinete de estatística, a variação mensal do IPC foi 0,8% e a variação média dos últimos doze meses foi 4,1%.
Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português apresentou uma variação homóloga de 9%. Este é o novo valor mais elevado registado desde o início da série do IHPC, em 1996. E esta taxa é superior em 0,9 p.p. à do mês anterior e superior em 0,4 p.p. ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro.
No entanto, excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, “o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 6,6% em junho, superior à taxa correspondente para a área do Euro (estimada em 4,6%), mantendo o perfil marcadamente ascendente verificado nos últimos meses”, avança o gabinete de estatística.
O IHPC registou uma variação mensal de 1,1% (1,0% no mês anterior e 0,2% em junho de 2021) e uma variação média dos últimos doze meses de 4,1% (3,3% no mês precedente).