Estão a combater as chamas esta terça-feira mais de 1.300 operacionais, com o apoio de 396 meios terrestres e 19 meios aéreos. A informação foi adiantada pelo comandante operacional André Fernandes, no mais recente balanço da Proteção Civil.
Contudo, devido ao agravamento da situação nos distritos de Leiria e Santarém, vão juntar-se aos que já estão em combate 727 militares, entre os quais dois pelotões de militares, com 44 elementos da GNR, uma unidade de drones e um veículo de reforço da rede SIRESP.
Na Cumeada, em Santarém, foram afetadas pelo fogo 11 habitações, três anexos e uma oficina, tendo 300 pessoas sido retiradas das suas casas nas localidades de Quebrada de Baixo, Casal Pinheiro, Santa Teresa e Freixianda, adiantou o responsável da Proteção Civil.
Desde a passada quinta-feira, 7 de julho, foram assistidos 50 operacionais, havendo ainda 31 feridos ligeiros e um ferido grave. São, no total, "82 vítimas registadas", disse André Fernandes.
Tanto a A1 como o IC2 e o IC8 continuam cortados.
O responsável sublinha que a situação que está a ser vivida é extrema e uma "situação meteorológica nunca vivenciada no nosso país e o uso de fogo tem de ser de tolerância zero". O mesmo adiantou que foram registadas quatro ignições em simultâneo na região entre Santarém e Leiria.
O comandante pediu às populações que estão a ser afetadas para manterem a calma e acatarem as indicações das autoridades relativamente às evacuações preventivas.
"Tolerância zero ao uso do fogo, não se pode fazer fogo nestas alturas, não se pode usar as maquinarias nos espaços rurais e florestais. Temos, em conjunto, de diminuir o número de ignições", sublinhou.