Rússia reivindica morte de 391 mercenários na guerra da Ucrânia. Um deles é português

De acordo com a lista do ministério russo partilhada na rede social Telegram quanto ao número de mercenários por países, 105 “mercenários” portugueses chegaram ao país invadido desde o início do conflito.

A Rússia adiantou, esta terça-feira, que morreram na Ucrânia 391 combatentes estrangeiros nas últimas três semanas, entre os quais um foi identificado como português.

Segundo um comunicado do Ministério da Defesa russo, além dos “mercenários” abatidos na guerra pelas forças russas, o ministério indicou que, no mesmo espaço de tempo, 240 combatentes estrangeiros fugiram e 151 chegaram à Ucrânia.

"Nas últimas três semanas, o número de mercenários na Ucrânia diminuiu de 3.221 para 2.741 como resultado das ações ofensivas das unidades das Forças Armadas russas e das milícias populares das repúblicas de Lugansk e Donetsk", considerou o ministério.

De acordo com a lista do ministério russo partilhada na rede social Telegram quanto ao número de mercenários por países, 105 “mercenários” portugueses chegaram ao país invadido desde o início do conflito.

Deste grupo, 20 são contabilizados com alvos abatidos pelos russos e outros 20 como tendo fugido. Feitas as contas, 65 estarão possivelmente na Ucrânia, mediante os dados divulgados por Moscovo.

Em comparação com a tabela anterior, partilhada no dia 17 de junho, Portugal tinha mais duas chegadas, mais uma morte e mais quatro saídas da Ucrânia.

A Polónia é o país que lidera esta lista de estrangeiros que está a combater contra as forças russas, com 1.835 chegadas desde o dia 24 de fevereiro.

A lista integra mercenários de 65 nacionalidades, sendo 34 de países da Europa, 12 da Ásia, nove da América, oito de África e dois da Oceânia.

Além de desenvolver uma lista, o ministério russo disse que está a identificar os estrangeiros que estão a tentar defender a Ucrânia de Moscovo e revelou o nome de dois britânicos e três norte-americanos que alegadamente chegaram, em 06 de julho, a um centro de alojamento numa morada específica na cidade polaca de Zamosc.

"Aconselhamos estes cidadãos a caírem em si e a regressarem vivos a casa", afirmou o ministério, ao referir que “segundo o Direito Humanitário Internacional, todos os mercenários estrangeiros são não-combatente”, sublinhando que “o melhor que os espera se forem capturados vivos é um julgamento e penas máximas de prisão".

Dois britânicos e um marroquino – capturados pelas forças russas – foram condenados à morte, a 09 de junho, num tribunal da região separatista pró-Moscovo de Donetsk, no leste da Ucrânia, completamente dominada pela Rússia

No final de junho, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que estava a reunir esforços para contactar com as autoridades russa e conseguir a libertação de ucranianos e estrangeiros feitos prisioneiros.