Vão iniciar funções no Serviço Nacional de Saúde (SNS) mais de 270 médicos de família, anunciou esta quinta-feira no Parlamento a secretária de Estado da Saúde.
Maria de Fátima Fonseca encontrava-se a responder a questões levantadas pelo comunista João Dias, acerca da contratação de profissionais para o SNS, nomeadamente de médicos de família.
A responsável adiantou que o processo de escolha no âmbito do concurso para médicos de Medicina Geral e Familiar aberto a 17 de junho foi concluído há dois dias, existindo atualmente 272 "novos médicos de Medicina geral e familiar" prontos para ser colocados no sistema. Estas contratações, disse ainda, representam um "incremento bastante expressivo da cobertura de utentes com médicos de família".
A secretária de Estado anunciou que as vagas que ficaram por ocupar podem ainda vir a sê-lo através de outro concursos a desenvolver a nível regional pelas administrações regionais de saúde, além do concurso de segunda época que será feito em novembro ou dezembro.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) revelou também esta quinta-feira que se candidataram 379 médicos para o concurso de 17 de junho, que tinha um total de 432 vagas. No final do processo, apenas 60% das vagas ficaram ocupadas, "tendo havido dezenas de desistências", referiu o SIM.
A situação foi ainda mais crítica na área de Lisboa e Vale do Tejo, uma das zonas mais carenciadas destes especialistas.