O pedido da anulação do julgamento requisitado pela equipa de defesa de Amber heard foi rejeitado pela juíza Penny Azcarate. A decisão foi anunciada na quarta-feira.
Os advogados da atriz, no requerimento apresentado no início deste mês, justificam o pedido com a acusação de que um dos sete juízes chamados a deliberar o caso nunca chegou a estar presente em tribunal. O seu lugar, dizem, foi ocupado pelo seu filho. O jurado, de 52 anos, terá usado a identidade do pai, de 77 anos, sem o seu conhecimento, violando as leis de Virgínia, nos EUA.
Apesar das acusações, note-se, os advogados de Heard não conseguiram provar que tenha havido uma troca de identidades.
"O tribunal não pode presumir, como pedido pelo senhor Depp, que o serviço aparentemente impróprio do Jurado 15 seja um erro inocente. Pode ter sido uma tentativa intencional de fazer parte do júri de um caso de elevada visibilidade", lê-se no documento da defesa, citado pela imprensa internacional.
Além da alegada troca de papéis, a defesa da atriz argumenta que a condenação por difamação são se limitou às consequências do polémico artigo do The Washington Post, no qual a atriz alegava ter sido vítima de violência doméstica, sem, no entanto, nomear o agressor. Segundo o pensamento de Elaine Bredehoft e Benjamin Rottenborn, os advogados de Amber Heard, os juízes terão assumido contornos "inconscientes" ao acusar tanto a atriz como Johnny Depp de difamação.
"Os veredictos opostos do júri são inconsistentes e irreconciliáveis", concluem os advogados, ainda no mesma mesma nota enviada ao tribunal de Fairfax.
Recorde-se que, em junho deste ano, a atriz foi condenada a pagar uma indemnização de 14 milhões de euros a Johnny Depp por difamação contra o ator. Heard, porém, irá ser indemnizada em dois milhões de euros por ter sido difamada pelo advogado do seu ex-companheiro.
Chief Judge Azcarate Just Denied All of #AmberHeard’s Post-Trial Motions @CourtTV #breaking #johnnydepp pic.twitter.com/O85RP0rWNi
— Chanley Shá Painter (@ChanleyCourtTV) July 13, 2022