“Perante o cenário de incêndios que assola o país, e tendo em conta a declaração do estado de contingência motivado pelo elevado risco de incêndio, o Partido CHEGA anuncia o cancelamento do CHEGA Fest, um festival organizado pelo partido, anunciado para os dias 29, 30 e 31 de Julho, na Batalha, distrito de Leiria”.
Assim se podia ler num comunicado enviado às redações pelo partido Chega, que se preparava para promover, pouco depois das suas Jornadas Parlamentares, a primeira edição do Chega Fest.
“O facto de não ser possível prever com antecedência como vai estar a situação climatérica na data de realização do festival – e tendo em conta a localização do mesmo [Batalha, Leiria] – , coloca riscos de segurança a que a organização não quer sujeitar os participantes neste festival, pelo que opta pelo seu cancelamento”, continua o Chega em nota oficial, onde garante ainda que “vai devolver o valor pago pelos bilhetes vendidos até ao momento”.
Não vai, assim, acontecer, afinal, o ‘festival’ que o Chega pretendia promover para “festejar a portugalidade”. O programa continha momentos de fado, folclore e concertos do cantor Rui Bandeira, bem como duma banda de tributo aos Queen e vários DJs, para além dum discurso de André Ventura, líder do partido.
Bloco Também o Bloco de Esquerda teve, como consequência do risco de incêndio em que o país vive, de cancelar o Acampamento Liberdade, que deveria ter arrancado ontem, em Oliveira do Hospital. “Temos de cancelar pela segurança de todas as pessoas, e em solidariedade com quem está pelo país a combater os fogos”, disse Catarina Martins, coordenadora do BE, sobre a iniciativa que desde 2019 está suspensa. “Encontraremos outros espaços de convívio e fortaleceremos a luta pela justiça climática”, acrescentou.