Europa
Mais de 38 milhões de trabalhadores europeus não conseguem pagar uma semana de férias mesmo tendo um emprego a tempo inteiro. Esta é uma das principais conclusões do mais recente estudo da Confederação Europeia dos Sindicatos (CES).
O estudo revela ainda que a proporção da população que não pode pagar as suas férias cresceu em mais da metade dos estados-membros da União Europeia desde 2019. Já o número de trabalhadores sem essa capacidade financeira cresceu em 11 países.
Férias
A vice-secretária-geral da CES, Esther Lynch, defende que “as férias não devem ser um luxo, pois são cruciais para garantir a saúde e o bem-estar dos trabalhadores”.
Em comunicado, a responsável avança ainda que “a UE e os governos nacionais têm a responsabilidade de proteger a negociação coletiva como a melhor maneira de garantir que os trabalhadores possam aproveitar a vida em vez de simplesmente sobreviver”.
E as críticas vão mais longe. “O aumento da desigualdade nas férias mostra que a economia europeia não está a funcionar para os trabalhadores”, diz, acrescentando que “sem um aumento salarial justo, empresários e políticos irão voltar das suas próprias férias de verão para enfrentar um outono de raiva, seguido de um inverno de descontentamento”.