Mario Draghi demite-se após perder maioria no Parlamento

Presidente italiano inicia consultas ainda hoje e pode convocar eleições.

O primeiro-ministro italiano apresentou, esta quinta-feira, a demissão ao presidente Sergio Mattarella.

O chefe de Estado esteve, esta manhã, reunido com Draghi, que apreentou a sua demissão depois de os três partidos parceiros da coligação de unidade nacional – o conservador Forza Italia (FI) de Sílvio Berlusconi; o Liga (extrema-direita) de Matteo Salvini e o populista Movimento 5 Estrelas (M5S) de Giuseppe Conte – lhe terem retirado o apoio numa moção de confiança votada na quarta-feira no Senado. 

Mattarella aceitou a demissão do chefe de Governo e vai receber ainda hoje os presidentes das duas câmaras do Parlamento para ‘estudar’ a convocação de eleições antecipadas, segundo um comunicado da Presidência.

A reunião ocorre no âmbito do artigo 88 da Constituição italiana, que prevê que o "Presidente da República pode, após consultas, dissolver as duas câmaras ou uma delas”.

As eleições antecipadas podem vir a realizar-se no final de setembro ou no início do mês de outubro pois a Constituição estabelece um prazo máximo de 70 dias para a convocação do ato eleitoral.