Um terramoto que atingiu a magnitude de 7,1 na escala de Richter fez, pelo menos, quatro vítimas mortais nas Filipinas, assim como dezenas de feridos, alertaram as autoridades locais, que revelaram que o desastre natural desencadeou deslizamentos de terra e danificou edifícios no norte do país.
Entre os mortos está um homem atingido pela queda de placas de cimento na sua casa em Abra, onde pelo menos 25 outras pessoas ficaram feridas, e um trabalhador da construção civil que morreu na cidade montanhosa de La Trinidad, na província de Benguet, onde algumas estradas foram fechadas por deslizamentos de terras.
Cinco pessoas ficaram feridas quando rochas e detritos caíram sobre as suas viaturas na província de Mountain, perto de Benguet, disseram as autoridades.
A Cruz Vermelha divulgou uma foto de um prédio de três andares em Abra que ficou inclinado em direção a uma estrada coberta de escombros. Já um vídeo feito por uma testemunha em pânico mostrou partes de uma antiga torre de uma igreja a desabar envolta numa nuvem de poeira no topo de uma colina.
O epicentro do sismo ocorreu na província de Abra, uma área montanhosa, afirmou Renato Solidum, responsável do Instituto de Vulcanologia e Sismologia Filipino.
“O chão tremeu como se estivesse num balouço e as luzes de repente apagaram-se. Corremos para fora do escritório, ouvi gritos e alguns de meus companheiros choraram”, disse Michael Brillantes, oficial de segurança da cidade de Abra, Lagangilang, perto do epicentro, citado pelo Guardian. “Foi o terremoto mais poderoso que senti e pensei que o terreno se abriria”, disse Brillantes à Associated Press.
Muitas casas e prédios ficaram com as paredes rachadas, incluindo algumas que desabaram em Abra, para onde o Presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., que assumiu o cargo há menos de um mês, planeia viajar na quinta-feira para se encontrar com as vítimas e autoridades locais.
Marcos Jr. afirmou numa conferência de imprensa que estava no seu escritório no complexo do palácio presidencial de Malacanang, em Manila, quando os candeeiros começaram a balançar.
As Filipinas ficam ao longo do “Anel de Fogo” do Pacífico, um arco de falhas tectónicas em redor do Oceano Pacífico, onde ocorre a maioria dos terramotos do mundo. Segundo especialista o terramoto foi desencadeado pelo movimento numa falha local a uma profundidade de 17 quilómetros, disse o Instituto de Vulcanologia e Sismologia Filipino, acrescentando que são esperados danos e mais tremores secundários.
Este país no sudoeste asiático é atingido por cerca de 20 tufões e tempestades tropicais a cada ano, tornando-se um dos países mais propensos a desastres do mundo. Em 1990, um terramoto de magnitude 7,7 matou quase duas mil pessoas no norte das Filipinas.