Pelo menos 50 pessoas foram esta setxa-feira retiradas, por precaução, das suas casas em Ourém devido ao incêndio que ali deflagra desde as 14h40.
A informação foi avançada por Luís Albuquerque, presidente da câmara, à agência Lusa:
"Estamos a falar de um território muito disperso, com casas muito dispersas no meio da floresta, e por uma questão de precaução entendemos por bem ir evacuando algumas casas, prevendo que o fogo poderia chegar perto dessas casas. Isso efetivamente foi feito, mas povoações inteiras não".
De acordo com o autarca, pelas 20h40, o incêndio continuava com "duas frentes ativas" e "com grande intensidade".
"Os meios [de combate] estão finalmente a chegar ao teatro de operações e esperamos que, com a chegada desses meios, nós consigamos daqui a algum tempo uma situação bem melhor do que aquela que temos tido durante a tarde", referiu ainda.
Apesar das melhores condições atmosféricas que se verificavam no local, o presidente da Câmara lembrou que estas ainda "não são favoráveis" e que se perspetiva "uma noite de muito trabalho".
"As condições não são favoráveis, mas são mais favoráveis do que eram há uma ou duas horas, com a diminuição da temperatura, com o aumento da percentagem de humidade e também, neste momento, com a acalmia do vento", disse, acrescentando que "será uma noite de muito trabalho, esperando que os meios [de combate] que estão em trânsito (…) possam chegar o mais rápido possível para ver se conseguimos começar a dominar o incêndio".
Recorde-se que este incêndio obrigou ao corte da circulação ferroviária da Linha do Norte pelas 18h30, tendo ainda atingido um aviário.
De acordo com a página da internet da Proteção Civil, consultada pelo Nascer do Sol pelas 22h15, no local estavam 599 operacionais, apoiados por 180 veículos.
O alerta para o fogo foi dado às 14h40, na localidade de Carvalhal, na freguesia de Espite.