A atividade económica na zona do euro contraiu-se em agosto no setor privado, pelo segundo mês consecutivo, pressionada pela inflação que retraiu o consumo e pelas dificuldades de abastecimento, segundo o índice de gestores de compras (PMI) divulgado ontem.
O índice composto PMI, considerado um barómetro da evolução geral da economia, caiu para 49,2 na primeira estimativa de agosto, depois de em julho se ter situado nos 49,9 pontos, sendo que é o valor mais baixo observado desde fevereiro de 2021, refere a S&P Global em comunicado.
O diretor para a área da economia da S&P Global, Andrew Harker, afirmou que “os últimos números do PMI para a zona do euro sinalizam uma contração na economia no terceiro trimestre do ano”.
Este índice, que é calculado com base em inquéritos empresariais, caiu para 49,2 pontos em agosto, face aos 49,9 de julho e 52 de junho deste ano. Um valor acima de 50 pontos sinaliza que a atividade económica está a crescer, enquanto um valor do índice abaixo dos 50 pontos sinaliza uma contração da atividade económica.
Comércio também abranda Também o comércio externo do G20 abrandou no segundo trimestre devido ao início da guerra na Ucrânia e à valorização do dólar em relação a outras moedas, anunciou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
De acordo com a OCDE, as exportações do grupo das 20 maiores economias mundiais aumentaram 2,1% entre abril e junho, contra 4,8% nos três meses anteriores. Já as importações passaram de um aumento de 6,2% no primeiro trimestre para um crescimento de 2,6% no segundo.
“Enquanto os altos preços das matérias-primas, exacerbados pela guerra na Ucrânia, continuam a aumentar o comércio de mercadorias em termos nominais, o crescimento ligeiro reflete, em parte, o aumento do valor do dólar norte-americano contra outras grandes divisas”, refere a OCDE em comunicado.