Sanna Marin tornou-se oficialmente uma das figuras do verão. Depois de ter sido apresentada, no final de 2019, como ‘a primeira-ministra mais jovem do mundo’, à data com 34 anos, e após uma pandemia que, tal como o ar, se meteu na vida de todos, a chefe do governo da Finlândia aproveitou os últimos meses como a maioria dos mortais. Fã assumida de rock, em julho surgiu num festival de música no seu país vestida a rigor. O problema? Esse mesmo. A onda de elogios chegou com a mesma força e na mesma proporção que os comentários críticos – Marin aparecia numa imagem divulgada pelo próprio festival com calções curtos de ganga, casaco de cabedal e botas. E não demorou a levar umas quantas bicadas.
Mas se aparentemente é consensual que o problema não é marcar presença num festival, até porque casos semelhantes não faltam – cá e lá fora -, isso significaria então que a falha de Marin é viver na ingenuidade de não ter compreendido que o acto em si de ir a um festival – ou a outro qualquer sítio que implique momentos de lazer e diversão – tem intrínseca, logo à partida, uma estratégia política bem definida. Que ideia peregrina achar que podia ir descontraidamente aproveitar um concerto ou beber um copo com amigos…
Já na última semana vieram a público vídeos que se tornaram virais nas redes sociais, mostrando-a a dançar e a cantar numa festa privada, deixando os principais interessados no deslize a esfregar as mãos de contentes por novas ‘provas’ de a primeira-ministra finlandesa não ter uma postura adequada ao cargo que desempenha.
E se, no caso do festival, a poeira não seria assim tão difícil de assentar, mesmo com os comentários apresentados por cada fação, abrir a galeria das after partys já pode dar espaço a novas e indesejadas entradas com pulseira VIP.
É isto e a inoportunidade de hoje em dia alguém estar sempre a filmar, já é sabido – e, nestas situações, nunca o telemóvel fica sem bateria…