SEDES reúne-se com Marcelo para falar sobre desafios da economia

Associação vai entregar livro “Ambição: Duplicar o PIB em 20 anos”. Uma das sugestões avançadas por Álvaro Beleza  é a redução de impostos.

A SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social vai reunir-se esta terça-feira com o Presidente da República, para entregar o primeiro volume da obra Ambição: Duplicar o PIB em 20 anos – Portugal mais próspero, mais justo e mais democrático. “A SEDES pensa Portugal há 50 anos e propõe nesta obra uma definição estratégica para os próximos 20, através de um conjunto de ideias consistentes e estudadas”, refere Álvaro Beleza, um dos coordenadores do livro, que conta com a colaboração de mais de 30 personalidades, que aqui apresentam propostas nas áreas da economia, finanças, justiça, Segurança Social, coesão, mar, florestas ou defesa, entre outros.

De acordo com o presidente da SEDES, “Portugal não pode ter medo – e às vezes parece que tem – de ter a ambição de ser o melhor da Europa. Não temos razão para ficar para trás. Temos condições e temos de as aproveitar. Tem de haver crescimento, diminuição das desigualdades, ascensão social”.

{relacionados}

Já em entrevista ao i, Álvaro Beleza tinha admitido que “Portugal podia ser a Califórnia da Europa mas tem um problema de ambição”. E garantiu que se o desafio era duplicar o Produto Interno Bruto (PIB), agora é ainda maior: triplicar, em que uma das medidas que propôs foi a diminuição significativa da carga fiscal. “É preciso reduzir os impostos de uma forma corajosa, a receita fiscal aumentaria e teríamos um maior crescimento económico, lembrando que “não há nenhum caso de nenhum país que com menos impostos não tenha crescido economicamente. Isso acontece a todos os países europeus: República Checa, Letónia, Lituânia, todos. Holanda e todos eles têm a nossa dimensão”. 

E aponta como desafio termos todos os impostos mais baixos que a Espanha, em pelo menos 1%: IRC, IVA e IRS. “Porquê? Porque é o nosso competidor direto. Se competimos com Espanha, se queremos atrair investimento para Portugal então temos de ser mais competitivos. Os quadros são IRS, as pessoas são IRS. O investimento é IRC. Claro que temos investimentos que vieram para Portugal e que negoceiam com a AICEP isenções fiscais, mas o quero é transparência. Isso é o que também faz falta a Portugal: transparência e igualdade para todos. É preferível baixar o IRC e ser para todos: portugueses, estrangeiros, mas que tudo seja feito de forma clarinha, em vez de darem benefícios fiscais que são sempre feitos pela porta do cavalo. E reduzir a carga fiscal para todos”.