Fez, esta semana, seis meses do início da invasão da Ucrânia. Será uma ‘Intervenção Militar Especial’ ou uma Guerra? Segundo a Rússia trata-se de uma ‘Intervenção Militar Especial’, mas que se tornou numa guerra porque a Ucrânia resistiu à dita cuja Intervenção Militar Especial.
É evidente que, segundo a Rússia, os culpados desta Guerra são os Estados Unidos da América a União Europeia. E, de facto, é verdade! Se os Aliados não estivesse a apoiar e a suportar a Ucrânia a Guerra teria terminado há já muito tempo.
A pergunta, no entanto, é se poderia a União Europeia e os Estados Unidos da América não dar suporte à Ucrânia perante a barbárie que estamos a assistir naquele país. O que ali se passa não é apenas uma questão de terra, isto é, não é apenas uma ambição da Rússia para conquistar território e mar ucraniano.
O que estamos a assistir é, como noutros lados do globo, a uma intervenção malévola!
É evidente que não podemos ser tão ingénuos a pontos de pensar que a Ucrânia e os média ocidentais nos estão a dizer toda a verdade e todas as verdades. É, no entanto, evidente que, se houvesse uma grande manipulação ocidental, sabemos que os média ocidentais teriam já colocado em questão toda a verdade ucraniana.
Há, de facto, algo de malévolo, de diabólico, em toda esta guerra, como em todas as guerras. De facto, a Ucrânia tem de ter a oportunidade de se defender como país, como qualquer um de nós que é agredido tem todo o direito de se defender quando é agredido. Disto, ninguém deve ou pode duvidar.
Há valores que são sagrados que é a integridade da nossa vida, mas também a própria integridade da ordem internacional o deve ser.
O que se passa então? Como podemos nós compreender que um só homem tenha o poder de invadir um país, manipular a opinião pública e levar as economias europeias a uma taxa de inflação quase sem precedentes?
Jesus diz no Evangelho: «Fazei amigos com o vil dinheiro!».
Foi assim que o Presidente russo foi conquistando aos poucos a Europa e a Opinião Pública e Política mundial: com o vil dinheiro, com o petróleo, o gás, os cereais, os fertilizantes, etc., etc., etc.
Uma vez escravos deste faraó, todos nos tornámos escravos do sistema deste nosso Egito, como outrora os Israelitas se tornaram escravos do faraó por quatrocentos anos. A verdade é que mesmo que nos queiramos libertar do gás e do petróleo e dos fertilizantes e de toda a dependência russa não o poderemos fazer nos próximos anos.
De onde provêm todo o mal? De onde provém toda a maldade? Porque é que os homens se escravizam uns aos outros?
Porque é Deus permite as guerras?
Estas perguntas e muitas outras estão majestosa e sapientemente bem refletidas nas histórias escritas no Pentateuco bíblico, também conhecido entre os judeus, como a Torá – a Lei!
O que é a história de Adão e Eva, senão uma resposta às perguntas: porque é que somos egoístas? Porque é que fazemos o mal? De onde vem o mal? Porque é que nós queremos fazer o bem, e muitas vezes não o conseguimos fazer e fazemos o mal?
O que é a história de José, por exemplo, senão a história de um povo que vai à procura de salvação e acaba escravizado? O que é a história do Êxodo, senão a história de um povo que é subjugado aos caprichos de um faraó e das suas obras megalómanas?
A verdade é que todas estas histórias foram escritas para dizer, em cada uma delas, que Deus existe, que Deus apareceu e que Deus veio, sempre, salvar aqueles que acreditam n’Ele! Porque hoje escravos e angustiados, mas amanhã seremos todos – os ucranianos e os russos também – homens livres.