O número de despedimentos coletivos comunicados pelas empresas entre janeiro e julho deste ano foi de 178, um valor que representa uma quebra de 22,6% face ao mesmo período do ano passado, anunciou a Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).
Mas os números não se ficam por aqui. A cair está também o número de trabalhadores a despedir, que desceu 30,3% nestes primeiros sete meses do ano, atingido os 1761. Já o número de trabalhadores efetivamente despedidos chegou aos 1668, enquanto 61 trabalhadores foram abrangidos por outras medidas e 32 viram o seu processo revogado.
Ainda segundo a DGERT, das 178 empresas que comunicaram despedimentos coletivos neste período, 75 eram microempresas, 69 pequenas empresas, 29 médias empresas e cinco grandes empresas.
Analisando por regiões, 98 empresas são de Lisboa e Vale do Tejo, 53 do Norte, 16 do Centro, sete do Algarve e quatro do Alentejo.
Numa análise apenas ao mês de julho, 30 empresas comunicaram despedimentos coletivos e 15 empresas despediram efetivamente 141 trabalhadores.
A DGERT deu ainda outros dados no que diz respeito às greves: os pré-avisos de greve comunicados ao Ministério do Trabalho dispararam quase 80% (79,5%) de janeiro a julho face ao mesmo período de 2021, totalizando 666. Deste número, 572 ocorreram no setor privado e 94 no setor empresarial do Estado. No entanto, é preciso lembrar que estes valores correspondem aos pré-avisos de greve e não às greves em si.
Fazendo as contas apenas ao último mês, julho, foram comunicados 34 avisos prévios de greve, valor muito inferior quando comparado com os 63 anunciados em igual período do ano passado. E compara ainda com os 180 registados no mês de junho.
Ainda no que diz respeito ao mês passado, todos os pré-avisos de greve ocorreram fora do setor empresarial do Estado, com a maior parte a dizer respeito ao setor dos transportes e armazenagem, e foram decretados serviços mínimos em 31% dos casos.