Associação profissional da GNR exige “rápidas medidas” para problema da falta de efetivos

Militar da GNR desmaiou no posto enquanto se encontrava sozinho ao serviço. 

A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) exigiu esta terça-feira ao Ministro da Administração Interna (MAI) explicações acerca do caso do militar que ontem desmaiou no posto daquela força de segurança na Moita, distrito de Setúbal. 

A associação pede "rápidas medidas" para fazer face ao "insustentável problema da falta de efetivos", uma vez que o facto de o profissional, "como centenas de outros pelo dispositivo nacional", estar sozinho no posto territorial, "coloca em causa a sua segurança e a segurança da população". 

Numa nota à comunicação social, a APG/GNR deseja ainda "uma rápida e plena recuperação" ao profissional que se sentiu mal.

De acordo com a associação, existia apenas uma patrulha composta por um elemento do posto territorial da Moita e um elemento do posto territorial de Santo António da Charneca – Barreiro para as duas zonas de ação daqueles postos territoriais, sendo que, só no que toca ao município da Moita, era policiada uma área com 65 mil habitantes. 

"Não sabe a APG/GNR quem salvaguardou a segurança das instalações, dos equipamentos, armamento e mais importante, daquele profissional quando este terá perdido os sentidos, enquanto este foi socorrido e até à chegada da patrulha ao local", lê-se na mesma nota. 

A mesma associação sublinha que tem alertado para a falta de pessoal na generalidade de todos os postos territoriais e diz ser difícil compreender que se "tenha chegado a esta situação limite", lembrando ainda que o posto territorial da Moita tem um efetivo reduzido e que se está "a poucos dias da realização das Festas da Moita a Nª Srª da Boa Viagem", que decorrem de 9 a 18 de setembro, naquele município. 

Além disso, a APG/GNR refere que os militares se encontram a trabalhar além do limite, "desempenham as suas funções sem recursos, sem reconhecimento e cada vez mais se sentem abandonados à sua sorte pelo Comando Geral e pela Tutela".

"É urgente a adopção de medidas eficazes que garantam a segurança dos profissionais da GNR, privilegiando-se a vertente operacional da missão de polícia da Guarda Nacional Republicana, por forma a dar uma resposta eficaz às necessidades dos cidadãos", lê-se ainda.

Em causa está o caso de um militar da GNR que, na segunda-feira, desmaiou enquanto estava sozinho no posto daquela força territorial na Moita, tendo sido uma pessoa que se dirigiu ao posto para apresentar queixa que viu o guarda inanimado e acabou por ligar para o 112, por volta das 22h00.