A cidade de Enerfodar, na Ucrânia, onde se situa a central nuclear de Zaporíjia, foi esta terça-feira bombardeada horas após a divulgação de um relatório da agência nuclear da ONU, que pedia uma "zona de segurança" à volta do local controlado pelos tropas russas.
"Neste momento, há explosões na cidade de Energodar (no sudeste da Ucrânia). As provocações continuam. Há bombardeamentos a ser levados a cabo pelos ocupantes", disse Dmytro Orlov, presidente da câmara pró-Kiev, através da plataforma digital Telegram, segundo a agência UNIAM, aconselhando a população da cidade de 50.000 habitantes antes da guerra a "manter-se nos seus abrigos" para se proteger.
Vladimir Rogov, membro da administração da ocupação pró-russa da região de Zaporijia, rejeitou estas afirmações, argumentando que se tratara de "um bombardeamento das Forças Armadas ucranianas" que tinha resultado "no segundo corte da eletricidade" no mesmo dia em Energodar. "É possível que haja mais ataques", declararam os responsáveis pela ocupação russa do local.
Os bombardeamentos da zona da central ocorreram algumas horas após a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), que fez analisou os estado das instalações, ter divulgado o seu relatório, que apela a uma criação de um perímetro de segurança em volta da central, de forma a impedir um desastre nuclear.