O Ministério da Cultura considerou o ataque informático aos servidores do i e Nascer do Sol “mais um episódio deplorável” que “empobrece a democracia”, garantindo que está a acompanhar a situação “com muita preocupação e atenção”.
"O ministro da Cultura lamenta que o jornal i não tenha saído hoje para as bancas, mais um episódio deplorável em que um órgão de comunicação social é alvo de ataques informáticos", apontou Pedro Adão e Silva numa nota divulgada pelo ministério que tutela.
"Trata-se de uma situação lesiva dos valores de uma sociedade plural, que o ministério da Cultura acompanha com muita preocupação e atenção", notou, ao sublinhar que "cada vez que um OCS [órgão de comunicação social] é silenciado, a democracia empobrece".
O diretor dos jornais Nascer do Sol e i, Mário Ramires, solicitou uma audiência urgente ao ministro da Cultura, que confirmou, esta quarta-feira, que irá recebê-lo na sexta-feira numa reunião que contará também com a presença do diretor da Inspeção-geral das Atividades Culturais (IGAC), Luís Silveira Botelho.
A edição de quarta-feira do jornal i não foi para as bancas devido aos repetidos ataques informáticos que inviabilizam o trabalho da redação e de todos os departamentos da empresa. A edição online mantém-se, não obstante poderem vir a verificar-se algumas limitações.
Já foi feita participação às entidades competentes, depois de uma primeira queixa feita à Polícia Judiciária na sequência de um primeiro ataque de ransomware no passado mês de junho.
A direção lamenta desde já o prejuízo aos leitores, nomeadamente aos assinantes.