Os protestos contra a mobilização parcial de cidadãos decretada por Vladimir Putin, Presidente da Rússia, fez pelo menos 1.386 detidos, anunciou esta quinta-feira uma organização não-governamental (ONG), OVD-Info.
A organização independente, que rastreia as detenções e já foi declarada "agente estrangeiro" pelas autoridades russas, já havia reportado na quarta-feira que mais de 1.113 pessoas já tinham sido detidas em protestos em 38 cidades russas, entre as quais Moscovo, São Petersburgo, Ecaterimburgo, Perm, Ufa, Krasnoyarsk, Chelyabinsk, Irkutsk, Novosibirsk, Yakutsk, Ulan-Ude, Arkhangelsk, Korolev, Voronezh, Zheleznogorsk, Izhevsk, Tomsk, Salavat, Tyumen, Volgogrado, Petrozavodsk, Samara, Surgut, Smolensk e Belgorod.
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Entre os detidos encontram-se vários jornalistas e o Ministério Público de Moscovo advertiu de que punirá com até 15 anos de prisão a organização e participação em ações ilegais. A juntar às represálias, também será punida administrativa ou criminalmente a difusão de convocatórias para participar em ações ilegais ou para realizar outros atos ilegais nas redes sociais, por exemplo apelando a menores de idade para participarem em atos ilegais.
A mesma fonte precisa ainda que 509 pessoas foram detidas em Moscovo e pelo menos 541 em São Petersburgo, a segunda maior cidade do país.