Inna Ohnivets afirmou esta sexta-feira que irá cessar funções como embaixadora da Ucrânia em Portugal “nos primeiros dias de outubro” e que partirá “com saudade"; defendendo ainda que a anunciada mobilização da Rússia para o continuar da guerra não vai impedir a vitória do seu país.
"Trabalho aqui há sete anos. Para os embaixadores ucranianos, o termo da missão diplomática no estrangeiro é quatro anos", explicou Ohnivets, em declarações aos jornalistas, em Braga, confessando não saber quem sera o próximo embaixador da Ucrânia em Portugal.
A diplomata diz sair "muita satisfeita" com o seu desempenho por ter conseguido estabelecer contactos "bem sucedidos" a diferentes níveis, deixando "muitos amigos em Portugal", e frisa: "É um país maravilhoso, adoro a língua portuguesa, gosto muito de Portugal. Vou terminar a minha missão com saudade".
Já sobre a a anunciada mobilização de 300 mil reservistas russos – que desencadeou pânico entre os civis, que querem sair do país, com bilhetes de avião esgotados, e o aumento de manifestações considerada ilegais aos olhos de Moscovo – a embaixadora da Ucrânia em Portugal acredita que a Ucrânia conseguirá a vitória graças ao "armamento moderno fornecido pelos países ocidentais".
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"Na minha opinião, isso [mobilização de reservistas] não vai influir nos resultados da guerra. Na guerra moderna, é muito importante ter o armamento moderno e sofisticado e com este armamento é possível destruir o exército do inimigo", disse.
"Na realidade, temos resultados positivos no campo de batalha, porque temos o armamento moderno fornecido pelos países ocidentais e isso vai assegurar para a Ucrânia a vitória", concluiu.