Há quem cresça com o sonho de ser mãe e quem consiga cumprir o objetivo na idade que sempre planeou. Por outro lado, há quem adie os planos por conta do panorama cultural e social no país e há mesmo quem opte por não ter filhos. Diz-se que a maternidade “é um sentimento que nasce dentro das mulheres” e, com o passar do tempo, a ideia de que este “não tem idade” torna-se cada vez mais presente.
Com o avanço da tecnologia e das técnicas de reprodução assistida, algumas mulheres com mais 50 anos sentem-se seguras para procurar realizar o sonho de serem mães, não esquecendo que também existem casos em que o processo acontece de forma natural.
A gravidez tardia voltou à ordem do dia após a atriz brasileira, Cláudia Raia, anunciar que, aos 55 anos, está grávida do seu terceiro filho (a artista já é mãe de Enzo Celulari, de 25 anos, e de Sophia Raia, de 19, frutos do seu anterior relacionamento com Edson Celulari). A atriz fez um vídeo onde aparece a dançar sapateado com o marido, Jarbas Homem de Mello, de 53 anos, comemorando a gravidez com o resultado de um exame de farmácia. Nas imagens já é possível notar a barriga. “Não é novidade nosso sonho de sermos pais! E não é que ele se realizou”, afirmou na legenda do Instagram.
O anúncio incluiu publicidade ao teste de farmácia usado pela atriz, citado na legenda do seu post e nas stories. A artista classificou o momento como “lindo e emocionante”, confirmado com o “único teste que mostra quantas semanas de gravidez”.
Após anunciar que está grávida, Cláudia Raia respondeu ainda, através da mesma rede social, a uma das questões que mais curiosidade suscitou entre as pessoas que a seguem: de que forma descobriu a gestação? Apesar de ser um desejo antigo, a verdade é que a atriz “já não estava a contar engravidar”, como revelou, e a notícia apanhou-a completamente de surpresa.
“Quando a médica me pediu um beta, o exame de sangue da gravidez, eu falei: ‘Amor, você está bem louca. De onde você tirou isso? Eu tenho 55 anos de idade’”, lembrou, revelando que o pedido da médica prendeu-se com o facto de alguns níveis hormonais apresentarem alterações.
Ao tomar conhecimento da suspeita, a atriz não aguentou esperar pelo resultado do exame de sangue e, por isso, foi à farmácia para comprar o tradicional teste de gravidez. Nesse momento, descobriu que estava grávida de três semanas: “Tá errado, não pode ser. Gente, eu tenho 55 anos”, reagiu. “Olhei para cima e falei com Deus: ‘Tenho 55 anos, vocês querem me enlouquecer? Não é assim a vida’”. Só momentos depois é que sentiu felicidade pela “bênção”.
No princípio do mês também uma celebridade portuguesa anunciou a sua gravidez tardia. Com dois filhos e quatro netos, Carla Baía está grávida do terceiro filho, aos 50 anos. Tendo sido uma mãe muito jovem, no início da idade adulta, a relações públicas espera agora o primeiro bebé em comum com o designer de interiores Rahim Samcher. “1+1 igual a 3”, escreveu o casal nas redes sociais na noite de 7 de agosto, numa publicação que partilhou no Instagram. Passados poucos dias, a sua filha, Diana Baía Pinto, acabou por anunciar que também estava grávida do segundo filho.
Maternidade tardia Ter filhos numa fase mais avançada da vida é cada vez mais comum. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2021 foram 38 os partos de mulheres com 50 ou mais anos. Uma subida de 10 partos em comparação com o ano de 2020 (28).
Se recuarmos a 2011, contabilizou-se apenas um parto. No período de uma década, a percentagem de partos de mulheres com 50 ou mais anos aumentou de 1,0% para 4,8%. Por região, em 10 anos (2011-2021), na área metropolitana de Lisboa foram contabilizados 103 partos de mulheres com 50 ou mais anos; no Norte o número desce para 34, no Centro para 30, no Algarve para oito, no Alentejo para seis. Na Madeira foram contabilizados 4 e nos Açores nenhum. De acordo com os dados do INE, nesse período de tempo, houve apenas um parto de uma estrangeira com mais de 50 anos.
Para analisarmos estes dados importa também ter em conta o envelhecimento da população. Se em 1971 as pessoas com 50 ou mais anos (homens e mulheres) constituíam 24,5% do total, há 10 anos (2011) representavam já 38,1%. E em 2021, 44,8%. No que toca ao índice de envelhecimento nas mulheres (n.º de pessoas idosas por 100 pessoas jovens), era de 41,4 em 1971 (ou seja, há 50 anos), 153.2 em 2011 e 198.5 em 2020 (último ano disponível). Ou seja, atualmente há quase duas mulheres idosas (+65) por cada mulher jovem (0-14 anos). No que toca à taxa bruta de natalidade, está em decréscimo acentuado: em 2021 estavam previstos 7.7 nascimentos por 1000 habitantes, um valor que foi de 8.2 em 2020 e de 21,0 em 1971.
Também o índice sintético de fecundidade (quantos filhos existem, em média, por mulher em idade fértil?) tem descido: em 2022 situa-se em 1,35, enquanto em 1971 era de 2,99.
Entre 2013-20, duas mulheres na casa dos 55-64 anos faleceram por complicações de gravidez, parto e puerpério.
Embora existam alguns riscos associados à gravidez tardia, que é importante conhecer e prevenir, a boa notícia é que a maior parte das mulheres saudáveis que engravidam após os 40 anos têm bebés saudáveis. Segundo a obstetra Filomena Nunes, o declínio da fecundidade na mulher inicia-se por volta dos 25-30 anos de idade, mas na generalidade, e sem infertilidade associada, a maioria das mulheres consegue engravidar até aos 35 anos sem dificuldade. A partir daí, a reserva ovárica, ou seja, o número total de óvulos capazes de serem fecundados, começa a diminuir, com uma redução gradual da fertilidade, embora a idade em que essa diminuição é mais acentuada seja variável.
Mãe aos 52 Sílvia Saraiva, médica de 59 anos, toda a vida quis ter três filhos. Na verdade, quatro. Ter três e adotar mais um. Os processos de ter o terceiro filho e de adoção correram mais ou menos em paralelo. “Tenho 59 anos, o meu primeiro filho tem agora 31, o segundo 23 e a terceira tem seis. Quando tive o primeiro achei mesmo que teria os outros dois seguidos. Aliás, até disse à minha médica: ‘Daqui a dois anos estou cá outra vez e dois anos depois, outra vez!’. Achava que iam ser seguidos, mas não”, relata ao i.
“Infelizmente cada vez mais mulheres têm filhos mais tarde, até o primeiro. A vida corre de outra maneira… Como nós temos de fazer muitas opções entre atividade profissional, filhos, viajar… às vezes não dá para engravidar cedo. Por isso, cada vez mais mulheres ou optam por viver essa experiência mais tarde, ou optam mesmo por não ter filhos. Estamos no século XXI. Acho que podemos ter tudo!”, acrescenta.
No seu caso, houve um divórcio pelo meio e a oportunidade não surgiu mais cedo. Além disso, Sílvia tinha um antecedente familiar: a sua avó tivera um filho aos 50, numa época em que isso era ainda muito mais incomum. “Não era uma coisa que me assustasse. Se a minha avó, sem a mínima condição, conseguiu, porque é que eu não conseguiria? Ela não sabia da condição da criança até ao seu nascimento. Isso sim, é algo corajoso. A minha situação foi completamente diferente. De qualquer maneira, inspirou-me”, confessa.
Quando soube da notícia ligou para a sua obstetra e amiga: “Lembro-me que lhe disse: ‘Olha, tens alguma coisa contra seguir uma gravidez numa mulher de 52 anos?’. E ela: ‘52? Mas é saudável? E mesmo se não for, é um desafio. Estou cá para o que for preciso’. E eu disse: ‘Pronto! Então quando é que posso marcar consulta?’.
Os riscos Uma gravidez espontânea após os 50 anos é, considera a obstetra Filomena Nunes, um evento “raríssimo”. “Os óvulos existem no ovário desde o nascimento da mulher e não apresentam capacidade de serem fecundados, o que faz com que a capacidade de engravidar com os próprios óvulos se torne não possível”, explica.
Após os 50 anos há riscos acrescidos, com as patologias da gravidez a terem uma incidência maior: aborto espontâneo, parto pré-termo, restrição de crescimento do feto, hipertensão arterial e diabetes gestacional. “O risco é ainda maior se a grávida já tiver patologia associada prévia à gravidez. Na eventualidade muito rara de ser uma gravidez espontânea tem um aumento muito significativo de risco de anomalias cromossômicas”, alerta a obstetra.
Por outro lado, “se a grávida tem um maior risco de hipertensão e diabetes gestacional, o feto pode ter restrição de crescimento intra-uterino e maior probabilidade de parto prematuro. O bebé poderá nascer com baixo peso, o que pode ter repercussões, como a maior vulnerabilidade às infeções, perturbação ao nível do neurodesenvolvimento, entre outras”, aponta a por sua vez a pediatra Estela Veiga. Além dos riscos imediatos para o recém-nascido, estudos recentes associam a idade materna (também a idade paterna) à maior prevalência de autismo.
“Ainda que nenhuma destas situações patológicas ocorra, é natural que as grávidas com mais idade sintam mais intensamente sintomas típicos da gravidez como: cansaço extremo, falta de ar, dores nas costas e nas pernas. O risco da própria gravidez (e os medos que naturalmente sentem) e estes sintomas podem também contribuir para depressão na gravidez e no pós-parto”, acrescenta Carolina Pereira, médica de família.
“Se a mulher engravidar no período considerado ideal, há menor probabilidade de gravidez de risco e de complicações na gravidez e no parto e há menos probabilidade de malformações fetais como a trissomia 21, por exemplo”, elucida.
“Um gráfico que mostro com frequência nas minhas consultas de planeamento familiar é o gráfico da fertilidade x idade materna. A probabilidade de uma mulher engravidar com os próprios óvulos começa a descer a partir dos 28 anos, mas cai mais a pique a partir dos 35. Aos 40 anos, a probabilidade de uma mulher engravidar é praticamente metade da probabilidade de engravidar aos 25”, exemplifica.
Segundo a médica de família, para uma mulher que ainda não entrou na menopausa, a probabilidade de engravidar de forma natural aos 50 anos é abaixo de 1% ao longo de 12 meses. Ou seja, “é um evento raro, mas possível”.
A diferença geracional entre filhos Foi precisamente esse o caso de Sílvia. “Claro que quando soube fiquei numa grande ansiedade até perceber que as coisas iam correr efetivamente bem”, continua. A partir daí foi “uma gravidez santa”, completamente igual às anteriores. Engordei 12 quilos por cada filho. É a minha natureza, sou uma pessoa muito mexida”, confessa. Mesmo grávida fez natação, caminhada, bicicleta.
“Nadei 1000 metros na véspera do meu primeiro filho. Foi igual desta terceira vez, com 52 anos. Fui para a piscina sem saber se ia nadar esses metros todos, mas pensei: ‘Se eu me sentir bem, vou nadar porque tem graça um dia mais tarde pensar que 25 anos depois, voltei a fazê-lo na véspera de parir’. Também subi, de bicicleta, a Serra da Arrábida, com sete meses de gravidez. Foi pesado, mas consegui”, lembra.
Interrogada sobre a reação dos seus dois filhos mais velhos, Sílvia admite que ficaram “bastante assustados”, principalmente o mais velho, que é ortopedista. “O do meio é psicólogo. Talvez por isso me tenha compreendido melhor. Eu sou uma pessoa que não deixa nada por viver. Não podia perder uma oportunidade daquelas. Agarro todas as oportunidades que a vida me dá”, descreve. A médica garantiu-lhes que ia ter o máximo de cuidado a seguir a gravidez, mas “sem extremismos”.
“Não fui para uma consulta de alto risco no público, não por preconceito – porque acho que o nosso Serviço Nacional de Saúde ainda é bom e não é melhor porque não há técnicos que cheguem –, mas sim porque não queria ser tratada como uma velhinha. Queria ser tratada normalmente!”, explica. E prometeu aos filhos que em caso de risco ela seria mais importante do que a criança: “Porque os meus filhos já existiam e eu tinha de cumprir o meu papel de mãe primeiro com os que já cá estavam”. “Não vou ter um filho que não seja normal, nem me vou colocar em risco!”, disse-lhes.
Tendo filhos com tanta diferença de idades, houve precauções que acautelou desde o início: “A minha filha tem um irmão mais velho que podia ser pai dela e teve de perceber que era irmão. Os irmãos não fazem o papel de pais. Embora tenham alguma ascendente sobre ela, por ser pequenina, são manos! É de igual para igual. Tomam um pouco conta dela quando é preciso, mas são os três tratados da mesma forma! Não há troca de papéis”. Também por isso, nem tudo é um “mar de rosas”, admite.
Preconceito Quando estava grávida já de sete meses, “e até tinha uma barriguinha”, Sílvia foi à loja do cidadão levantar o seu cartão e tirou senha prioritária. “Uma senhora virou-se para mim e perguntou: ‘Mas porque é que tirou senha prioritária?’. Eu respondi (com um barrigão): ‘Porque estou grávida!’. Pediu-me provas… Lembro-me que levantei a blusa e perguntei: ‘Acha que é obesidade?’. Toda a gente se riu à volta. Ela ficou toda encolhida”, recorda. Só depois é que pensou: “Claro, ela viu a minha idade no cartão de cidadão e achou que eu tinha idade para ser avó!”.
A socióloga Catarina Lucas não estranha que haja reações menos positivas ou mesmo discriminatórias: “Não é habitual [ser mãe depois dos 50] e, inegavelmente os riscos são maiores. Contudo, uma mulher grávida deve sempre ser apoiada e não criticada, independentemente da sua idade. Com maior ou menos acompanhamento, desde que isso seja vivido de forma construtiva e contribua para o sentimento de felicidade dos pais, é sempre uma coisa positiva”, frisa ao i. Da mesma forma, “na infertilidade há um desajustamento em relação ao que é socialmente esperado da mulher”, acrescenta a doutora Carolina Pereira.
Engravidar com “ajuda” São poucos os casos em que as gravidezes depois dos 50 acontecem de forma natural. Nessa idade, a generalidade das mulheres necessita de tratamentos específicos, ou recorrendo a óvulos de dadora ou, caso a mulher tenha feito criopreservação de óvulos ou embriões, no processo chamado de preservação do potencial reprodutivo. Ou seja, a mulher tanto pode fazer uma fertilização in vitro (FIV) como uma injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI).
“A principal diferença entre a FIV e a ICSI é a forma como o espermatozoide fertiliza o óvulo. Na ICSI, o espermatozoide é diretamente injetado dentro do óvulo. Na FIV o óvulo e espermatozoides (dos quais existem vários) são colocados em uma placa de Petri para fertilizarem sozinhos”, esclarece a médica de família. O limite mínimo legal para a procriação medicamente assistida é 18 anos. O limite máximo é, para a mulher, 50 anos. Não existe limite máximo para o parceiro masculino.
No entanto, estes tratamentos só têm financiamento público se concretizados antes dos 40 anos da mulher [para as técnicas de fertilização in vitro (FIV) e microinjeção intracitoplasmática de espermatozoides ICSI)] ou antes dos 42 anos da mulher (no caso da inseminação artificial).
Na prática, como as listas de espera são grandes, na maioria dos centros de fertilidade públicos o ideal é o casal que não engravida ao final de seis meses procurar o seu médico de família para começar a investigação e eventual referenciação e não deixar a referenciação para depois dos 38 anos. É genericamente consensual que depois de quatro transferências de embriões sem êxito, a probabilidade de tratamentos adicionais resultarem em gravidez é muito reduzida.
Nos centros públicos, cada casal (ou mulher sem parceiro/a) tem direito a efetuar três inseminações artificiais e três ciclos de fertilização in vitro (FIV) / microinjeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) com transferência de embriões desde que não seja ultrapassado o limite de idade da beneficiária. As transferências de embriões criopreservados não são incluídas na contagem deste limite de três ciclos.
E claro que isso pode ter consequências. Do ponto de vista psicológico, a procriação medicamente assistida é um processo muito doloroso e desgastante para a mulher e para os casais. “Fisicamente ocorrem várias alterações. Os exames são invasivos em alguns casos e os tratamentos são penosos. Acresce a isto o medo e a ansiedade, associados muitas vezes a sentimentos de culpa por um possível adiamento da maternidade e a sentimentos de baixa autoestima e incapacidade para fazer algo que deveria ser natural à mulher”, refere a sexóloga Catarina Lucas. Além disso, o impacto na dinâmica também é grande e a sexualidade é afetada, tornando-se mecânica e com objetivo quase único da reprodução.
A mulher e o sexo Segundo a sexóloga, é também importante frisar que, ao contrário do que muita gente pensa, a mulher não fica menos disponível para a sexualidade com o passar dos anos. “O que acontece é que, por norma, o avançar da idade tende a coincidir com a permanência em relações longas e as relações longas sim, interferem significativamente com a sexualidade, em particular com o desejo sexual”.
A rotina, a falta de novidade e a previsibilidade tendem a diminuir o desejo sexual, sobretudo no caso da mulher. “O sexo passa a ser intencional e menos espontâneo e é preciso que o casal entenda isto, sob pena de cair na inatividade sexual. Contudo, uma relação nova que inicie aos 50 anos voltará a usufruir de um desejo sexual mais frequente e espontâneo”, acrescenta. Em suma, as dificuldades ao nível do desejo relacionam-se mais com o tempo da relação do que com a idade.
Depois da gravidez e nos primeiros meses de vida do bebé, a vida sexual de qualquer mulher é afetada. O tempo de regresso à “normalidade” depende de múltiplos fatores, tanto individuais como relacionais. “Contudo, a idade não é o fator mais determinante”, sublinha Catarina Lucas.
Questionada sobre se o facto de ser mãe mais velha vai influir na educação que dará à sua filha, Sílvia Saraiva defende que não é uma mãe igual para nenhum dos seus filhos. Contrariamente ao que as pessoas dizem, “os filhos nunca têm a mesma mãe e o mesmo pai”.
“Nós, ao longo da vida, aprendemos. Mal seria se não o fizéssemos. De ano para ano eu não sou a mesma pessoa. Aprendo com a vida e também aprendi muita coisa com cada um dos meus filhos. Aprendo com os erros que cometo com cada um deles, para não repetir. O cerne de pessoa e a minha personalidade será a mesma, mas aquilo que considero certo e errado já não é o mesmo”, explica.
Atualmente considera-se uma mãe “mais madura, mais calma e mais estável”. “Como acho que continuo a ser uma pessoa bastante enérgica! Não acredito que a minha filha perca muito por ter uma mãe mais velha. Até me tenho vindo a aperceber que raparigas novas passam muito mais fins de semana em frente à televisão. Cá em casa a televisão liga-se depois do pôr do sol. Fazemos desportos, vamos lá para fora, realizamos programas culturais. Nunca estamos quietos”, conclui.