Uma mulher e as suas duas filhas estiveram em cativeiro cerca de 22 anos, em Valença, município que pertence ao Rio de Janeiro, no Brasil. A polícia está à procura de um homem de 60 anos suspeito de manter as três presas em condições desumanas.
Segundo o site G1, as autoridades brasileiras foram chamadas ao local, que fica numa “área rural de difícil acesso”, depois de receberem uma denuncia a indicar que o homem teria ameaçado os vizinhos.
Quando a polícia civil se preparava para falar com o homem, este fugiu para uma zona de mato, encontrando-se fugido.
Na casa, vivam a mulher do suspeito e as duas filhas, uma seria maior de idade e a outra menor, contudo não existe forma de confirmar as identidades, uma vez que não foram registadas no nascimento. Numa revista à casa, foram apreendidas uma espingarda calibre .28 e várias munições.
A polícia adiantou ao mesmo órgão de comunicação que as filhas do suspeito nunca frequentaram a escola e eram desaconselhadas a evitar centros médicos em caso de problemas de saúde.
De tal modo, que a filha mais nova nasceu em casa porque o homem a impedia de fazer o acompanhamento da gravidez em unidades hospitalares, tendo também proibido de ser assistida durante o parto, revelou a mulher.
Depois de serem retiradas da casa, as vítimas levaram consigo os pertences pessoais e foram levadas para a casa de parentes, que julgavam que a mulher já estava morta.
"Procuramos um abrigo, encontramos a família da esposa, que, inclusive, acreditava que ela já estava morta, pois ela não deu mais notícias durante o alerta para o mandado de detenção do marido”, disse o delegado da polícia ao G1.
Foi emitido em 2007 um mandado de detenção por crime de homicídio qualificado para o homem, que desde então está escondido da justiça brasileira. Depois de serem descobertas as vítimas, o homem também está a ser investigado e procurado por manter um cativeiro privado.