A cidade de Lisboa foi fustigada pelo mau tempo na noite de segunda-feira, e terça-feira foi dia de medir os danos feitos e tratar de recuperar das mazelas deixadas. Registaram-se mais de cem ocorrências na capital, onde várias ruas ficaram intransitáveis devido às correntes de água, e houve mesmo, sabe o i, residentes que viram as chuvas invadir-lhe as casas, causando estragos.
Ontem, menos de 24 horas depois de a capital ter ficado inundada após um episódio de chuva torrencial, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) garantiu, na sua página de Facebook, que o Plano Geral de Drenagem já está em marcha.
“Já começou uma das obras mais importantes para Lisboa: o Plano Geral de Drenagem. A obra vai preparar a cidade para o futuro e para os impactos das alterações climáticas, com recurso a maquinaria especializada”, lê-se na publicação, onde a CML diz que a ‘H2ºLisboa’ “tem 100 metros de comprimento, um diâmetro semelhante ao dos túneis do metro e vai avançar cerca de 10 metros por dia”.
Segundo as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, no entanto, a chuva não deverá voltar com tanta força assim tão cedo, pelo menos nos próximos 10 dias. No ‘pior dos casos’, na próxima quarta-feira, dia 19, são esperadas máximas de 24ºC e mínimas de 16ºC, com uma probabilidade de precipitação de 40%. Valores semelhantes aos esperados para quinta-feira, dia 20, quando é esperada uma probabilidade de precipitação de 42%, mantendo-se os valores das temperaturas máximas e mínimas esperadas.
“Quando a maré está cheia e a “tromba de água” é intensa o resultado pode ser péssimo. Um abatimento na rua da Prata e a revelação de uma enorme loca. […] Aqui está uma prova de quanto é necessário o Plano de Drenagem de Lisboa”, disse o presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, no Facebook.