Recém-nascido que morreu esta terça-feira foi atacado por cão da família

A família do bebé não estava sinalizada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens e não tem registo de qualquer denúncia relacionada com a família no Tribunal de Alenquer, nomeadamente de alguma prática de negligência ou maus-tratos sobre menores.

O bebé que morreu esta terça-feira, em Alenquer, foi atacado por um dos cães da família – de raça pastor belga – que estava dentro da habitação, esclareceu a Guarda Nacional Republicana (GNR).

O incidente ocorreu em Casais Novos, na União de Freguesias de Alenquer, no interior da habitação daquela família, indicou a GNR à agência Lusa, ao contrário daquilo que tinha sido noticiado no dia fatídico. Inicialmente, a Proteção Civil disse que o incidente tinha acontecido na Quinta da Colónia, no Carregado.

Segundo o canal televisão SIC, a mãe estava sozinha com o recém-nascido e saiu de casa por uns segundos, deixando a porta entreaberta. Foi nesse momento em que o cão, que estava no pátio da moradia, entrou e atacou o bebé.

Para salvar a vida da criança, a mãe saiu de casa e ligou ao INEM que lhe indicou um parque de estacionamento de um supermercado no Carregado como ponto de encontro.

De acordo com o comandante dos Bombeiros de Alenquer, citado pelo canal, o bebé “tinha ferimentos graves na cara e no crânio e estava em paragem cardiorrespiratória”. O óbito foi confirmado no local.

Os pais, em estado de choque com o sucedido, receberam apoio psicológico do INEM, afirmou a GNR.

Esta família não estava sinalizada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, nem era acompanhada pelos serviços municipais de Ação Social, disse o presidente da Câmara de Alenquer.

A GNR também não tem registo de qualquer denúncia relacionada com a família no Tribunal de Alenquer, nomeadamente de alguma prática de negligência ou maus-tratos sobre menores.

Os dois cães da família foram transportados para o canil municipal como precaução, disse ainda uma fonte da autoridade à agência supramencionada. Contudo, o animal responsável pelo ataque foi depois levado para o canil de Vila Franca de Xira, por orientações da autoridade veterinária municipal.

No terreno, estiveram seis veículos e 10 operacionais dos bombeiros de Alenquer, do INEM, com a viatura médica de emergência e reanimação de Vila Franca de Xira e um veículo com um psicólogo, e da GNR.