Sobrinho-neto de John F. Kennedy revela que esteve na Ucrânia a lutar contra a Rússia

Conor admitiu que ficou “profundamente comovido” pelo o que vê a acontecer na Ucrânia e que quando soube da possibilidade de alistar na Legião Internacional da Ucrânia, deslocou-se no dia para a embaixada para colocar o seu nome.

Conor Kennedy, sobrinho-neto do 35º presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy, esteve a lutar contra a Rússia em nome da Legião Internacional da Ucrânia durante um tempo indefinido.

A confirmação surgiu pelo próprio na rede social Instagram. “Sei que esta história vai sair, por isso quero contar a minha versão primeiro para retirar o melhor dela e para encorajar outros a tomarem ações”, começou por dizer o jovem de 25 anos numa publicação de uma fotografia, onde está com um colete de balas completamente assinado nas costas.

Conor admitiu que ficou “profundamente comovido” pelo o que vê a acontecer na Ucrânia e que quando soube da possibilidade de alistar na Legião Internacional da Ucrânia, deslocou-se no dia para a embaixada para colocar o seu nome.

O atual namorado da cantora brasileira Giulia Be não quis ter especial tratamento, por isso não contou à família e amigos para não os preocupar, apenas disse a uma pessoa onde estava e a outra qual era o verdadeiro nome.

“Ao entrar, não tinha experiência militar, mas sabia que podia carregar coisas pesadas e aprendo depressa. Estava também disposto a morrer ali. Por isso, logo concordaram em enviar-me para a frente nordestina”, contou.

Conor Kennedy revelou que não esteve muito tempo na guerra, mas que viu e sentiu “muita coisa”. Frisou que gostou de ser soldado, mais do que estava à espera.

“É assustador. Mas a vida é simples, e as recompensas por encontrar coragem e por fazer o bem são substanciais. Os meus amigos na Ucrânia sabem o porquê de ter voltado a casa. Eu vou dever sempre o exemplo deles. Eu sei o quão sortudo sou por ter regressado, mas eu também repetir todos os riscos novamente com eles”, sublinhou.

E continuou a relatar a experiência na Ucrânia: “Esta guerra, como todas, é horrível. Os meus colegas legionários – que vieram de países, origens e ideologias diferentes – são verdadeiros lutadores da liberdade. Tal como os cidadãos que conheci, muitos dos quais perderam tudo na longa luta contra a oligarquia em direção a um sistema democrático. Eles sabem que isto não é uma guerra entre iguais, é uma revolução”, referindo-se a pessoas de nacionalidade russa.

Conor disse que esta guerra “vai moldar o destino da democracia neste século” e ainda fez um pedido geral: “Junte-se à legião, ajude na fronteira, ou envie material médico. Todos os dias, alguém lá sacrifica tudo por uma paz duradoura. Não lhes pode ser pedido que ajam sozinhos”.

De acordo com um relatório, a Legião Internacional da Ucrânia, criada em fevereiro, recebeu numa semana a inscrição de 20 mil pessoas de 52 países.