Cerca de 17% das pessoas que foram detidas este ano pela Polícia Judiciária (PJ) pelo crime de incêndio florestal são reincidentes.
De acordo com dados enviados à agência Lusa, a PJ avança que foram detidas este ano, no âmbito deste crime, 84 pessoas, mais 32 do que em 2021, sendo por isso o segundo ano com mais detenções desde 2020, uma vez que em 2020 foram detidas 85.
Das 84 pessoas detidas este ano, 79 eram homens e 17% eram reincidentes, estando cerca de 60% sujeitos a medidas de coação privativas da liberdade.
A Guarda Nacional Republicana (GNR), por outro lado, adiantou que deteve este ano pelo crime de incêndio florestal 72 pessoas, o maior número dos últimos cinco anos, sendo os distritos de Viseu e Vila Real aqueles onde foram feitas mais detenções. Em relação a 2021, foram detidas pela GNR mais 20 pessoas por este crime.
Ao todo, estas duas polícias detiveram por incêndio florestal 156 pessoas, mais 52 do que em 2021.
Este ano, os incêndio rurais consumiram 110.007 hectares, o valor mais elevado desde 2017, tendo o incêndio da Serra da Estrela sido o que registou maior área ardida, com quase 25 mil hectares, de acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
O ICNF informa ainda que, entre 1 de janeiro e 15 de outubro, ocorreram 10.449 incêndios rurais, que resultaram em 110.007 hectares (ha) de área ardida, entre povoamentos (54.801 ha), matos (44.114 ha) e agricultura (11.092 ha).