Edite Estrela, deputada do PS e vice-presidente da Assembleia da República, precisou de ser operada a uma fissura na bacia causada por uma queda “aparatosa” que sofreu no dia 18 de outubro, depois de ter feito a sua intervenção na cerimónia de entrega do Prémio Norte-Sul do Conselho da Europa, no Parlamento, em Lisboa.
A intervenção cirúrgica foi anunciada pela própria a partir da rede social Facebook, esta terça-feira. Neste momento, Edite encontra-se internada e aproveitou o facto de permanecer em repouso para abordar o incidente, criticando aqueles que gozaram com o seu deslize.
“Já soube e já percebi que a minha queda tem feito correr tinta e sido motivo de diversão para os ‘engraçadinhos’ do costume. Não vou perder tempo com esses e menos ainda com os que rejubilam com o mal alheio. Esses pobres de Cristo são-me indiferentes. Tão-pouco vou comentar vontades expressas ou implícitas de quedas reais ou metafóricas. Não lhes dou a menor importância”, afirmou, agradecendo de seguida “aos amigos e amigas reais e virtuais que se preocuparam” com o seu estado de saúde.
Edite Estrela também relatou o episódio da queda, “bem real, aparatosa, desamparada”: depois da sua intervenção na sala do Senado, onde estiveram presentes diversas personalidades políticas, entre as quais Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, e a secretária-geral do Conselho da Europa, Marija Pejčinović Burić.
“Chamado o INEM e feita a primeira avaliação da situação, fui conduzida à urgência do Hospital de São José, e assistida por excelentes profissionais. Tal como também excelente era a equipa do INEM. As radiografias não revelaram qualquer fratura. Com o passar dos dias, as dores intensificaram-se. Ontem, a TAC revelou uma fissura na bacia, causa das dores insuportáveis”, contou, ao revelar que está internada no Centro de Responsabilidade Integrado (CRI) de Traumatologia Ortopédica, onde são todos “muito bem tratados”.
“Podem dizer que é por ser eu, que sou privilegiada, etc. etc. Digam o que quiserem. Não posso impedir ninguém de dizer disparates. A senhora da cama ao lado da minha (já cá estava quando eu fui internada), perguntou a uma enfermeira se não havia um livro para registo de elogios à semelhança do livro de reclamações. O que diz muito sobre o tratamento recebido. E, sem me ter reconhecido, tranquilizou-me que era uma equipa extraordinária e que ia correr tudo bem. Tem corrido e vai correr”, realçou a deputada, ao deixar mais umas palavras de agradecimento não só ao médico João Varandas, como também “aos excelentes profissionais do SNS [Serviço Nacional de Saúde], que cuidam de nós e dignificam o SNS”.
“Viva o SNS! Quem diz mal do SNS é quem não o usa ou pertence ao grupo dos que dizem mal de tudo. Lembrem-se de que a perfeição não existe”, acentuou no final do texto.